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Por que o dólar subiu para R$ 6,29? Veja os fatores

O dólar superou R$ 6,29 em meio a dúvidas sobre o cenário fiscal brasileiro e repercussões econômicas globais, destacando incertezas no mercado.
(Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil)

Nesta quinta-feira (19), o dólar voltou a subir e ultrapassou R$ 6,29, reflexo das incertezas no cenário fiscal brasileiro e da política econômica global. Apesar de intervenções do Banco Central (BC), o mercado continua cauteloso, reagindo ao Relatório Trimestral de Inflação e às decisões do Fed nos Estados Unidos, que têm repercussões diretas na economia brasileira.

  • Cotação do dólar: R$ 6,29 às 09h40
  • Cotação do dólar: R$ 6,26 às 10h
  • Cotação do dólar: R$ 6,18 às 11h20
  • Cotação do dólar: R$ 6,15 às 12h10

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O peso do cenário fiscal brasileiro

O governo federal tenta avançar com um pacote de cortes para economizar R$ 70 bilhões até 2026. No entanto, as mudanças feitas pelos parlamentares desidrataram o impacto esperado, levantando dúvidas sobre a capacidade das medidas de equilibrar as contas públicas.

As alterações envolveram ajustes no Benefício de Prestação Continuada (BPC), além de excluir mudanças no Fundo Constitucional do Distrito Federal. Essas mudanças reduziram a expectativa de contenção de despesas, gerando preocupações no mercado. Como resultado, aumentaram os temores de que o governo não consiga zerar o déficit público em 2024 e 2025.

Ainda assim, há expectativa de que novas etapas do pacote sejam votadas até o final da semana, o que pode aliviar parcialmente a tensão dos investidores.

Relatório do BC reforça incertezas

O Banco Central trouxe um tom mais pessimista ao mercado ao admitir que a meta de inflação para 2024 será descumprida pelo terceiro ano consecutivo. A meta, fixada em 3%, é considerada fundamental para a estabilidade econômica, mas pressões fiscais e políticas têm dificultado o cumprimento.

Impactos externos e o papel do Fed

O cenário internacional também influencia o câmbio. O Federal Reserve decidiu reduzir a taxa de juros dos Estados Unidos em 0,25 ponto percentual nesta quarta-feira (18), marcando o terceiro corte consecutivo. Apesar de estar dentro do esperado, a decisão ocorre em um momento de incertezas sobre os efeitos da nova gestão de Donald Trump, que reassume a presidência.

A política protecionista americana pode pressionar o Fed a manter taxas mais altas para conter inflação nos Estados Unidos, o que impacta diretamente países emergentes como o Brasil. Em teoria, juros mais baixos seriam benéficos, mas o aumento da atenção global pode anular esse benefício.

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