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Câmara aprova mudanças no salário mínimo, Bolsa Família e BPC; confira as alterações

A Câmara aprovou projeto que limita o reajuste do salário mínimo, exige biometria para programas sociais e restringe gastos com o Proagro. O governo prevê economia de R$ 109,8 bilhões até 2030. A proposta segue para votação no Senado
Plenário da Câmara dos Deputados em dia de votação do terceiro projeto do corte de gastos, comandada por Arthur Lira. Câmara delibera aprovação do corte de gastos
Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Por 264 votos a 209, a Câmara dos Deputados deliberou pela aprovação do terceiro projeto do pacote de corte de gastos do governo. A proposta estabelece um teto para o crescimento do salário mínimo, exige biometria para acessar programas sociais e limita despesas com o Proagro.

Previdência dos militares fora da aprovação do corte de gastos

Como projeto de lei ordinária, a medida precisava de maioria simples para aprovação. O último item do pacote, referente à reforma da previdência dos militares, ficou para o próximo ano, já que o texto só foi enviado ao Congresso na última terça-feira (17).

A tentativa do PSOL de alterar partes do projeto foi derrotada, e o texto segue agora para o Senado, com votação prevista para esta sexta-feira (20).

O governo condiciona a aprovação do projeto nas duas Casas à votação do Orçamento de 2025. A proposta limita o reajuste do salário mínimo a 2,5% acima da inflação anual, garantindo pelo menos 0,6% de aumento real em casos de recessão. Segundo o Ministério da Fazenda, a medida pode gerar economia de R$ 109,8 bilhões entre 2025 e 2030.

Quais as alterações nos programas sociais?

A aprovação do corte de gastos no BPC não foi tão ampla quanto o governo federal gostaria, mas ainda assim houve mudanças importantes. Para facilitar a aprovação do projeto, o governo concordou em desidratar algumas propostas, especialmente em relação ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). O relator, deputado Isnaldo Bulhões Jr., modificou a definição de “pessoa com deficiência” para “avaliação que ateste deficiência de grau moderado ou grave”, o que gerou críticas por potencialmente excluir portadores de autismo e síndrome de Down.

Além disso, Bulhões retirou a proposta que excluía rendimentos de familiares que não moram na mesma casa do beneficiário, o que poderia prejudicar aqueles que recebem cuidados de parentes. Ele também eliminou a inclusão de bens no cálculo da renda, mas manteve a regra de que o benefício concedido a outro membro da família não conta para o cálculo da renda familiar. O projeto ainda exige documento com exame biométrico para a concessão do benefício, mas com exceções para idosos com dificuldades de locomoção e pessoas em áreas remotas.

Mudanças no Bolsa Família e Proagro

A aprovação do corte gastos também incorreu na obrigatoriedade de cadastro biométrico para o Bolsa Família e outros benefícios de seguridade social. Além disso, estabelece critérios mais rigorosos para a permanência de famílias unipessoais no programa. Também determina que o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) tenha execução conforme o orçamento anual, limitando os subsídios a valores autorizados. As mudanças incluem a definição de índices máximos para famílias unipessoais no Bolsa Família.

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