John Textor, empresário dono do Botafogo, está próximo de vender sua participação no Crystal Palace, clube da Premier League inglesa. O valor negociado é de US$ 185 milhões (cerca de R$ 1,1 bilhão), referente a 45% das ações do clube.
A negociação teve início com uma oferta de investidores sauditas e americanos, mas a proposta inicial não agradou a Textor. Com isso, o valor da oferta foi elevado, tornando o acordo mais atraente para o empresário.
Textor e o futuro do Crystal Palace
Em entrevista ao The Athletic, Textor explicou que não acredita mais que o Crystal Palace esteja alinhado com suas ambições. Ele busca estar envolvido com clubes que estejam entre os melhores da Premier League.
“Quero um time que busque títulos, e o Palace não segue esse caminho”, afirmou.
Ele ainda acrescentou que a paciência da direção do Crystal Palace não está em sintonia com sua visão de um clube vencedor. O empresário declarou estar buscando um novo projeto que o leve a alcançar seus objetivos.
Estado atual do Crystal Palace
O Crystal Palace vive um momento de instabilidade na Premier League, com a equipe lutando para manter sua posição entre os times de elite do futebol inglês. Embora tenha se estabilizado em anos recentes, a performance inconsistente em campo tem levantado questões sobre o futuro do clube, especialmente em relação ao projeto de longo prazo de John Textor.
Investidores de olho na participação do dono do Botafogo
Além dos investidores sauditas e americanos, outro grupo, o Sportsbank, também está interessado na compra da participação de Textor no Crystal Palace. O Sportsbank, baseado em Londres, está igualmente de olho na holding Eagle Football, que controla o Botafogo, o Lyon da França e o RWD Molenbeek da Bélgica.
A proposta do Sportsbank visa não apenas a compra das ações, mas o controle do clube, tomando a posição de Textor no conselho do Crystal Palace.
Obstáculos financeiros e desafios à vista
O maior desafio para o sucesso da negociação, portanto, está na situação financeira da holding Eagle Football. A empresa enfrenta um déficit de € 25,7 milhões, além de uma dívida que já ultrapassa € 500 milhões. Essa situação financeira delicada afetou, inclusive, o Lyon, que teve dificuldades para inscrever novos jogadores na Ligue 1.
Se o acordo for fechado, a Premier League precisará aprovar a transação. No entanto, o futuro de Textor no futebol global dependerá da regularização das finanças de sua holding até junho deste ano.