Conteúdo Patrocinado
Anúncio SST SESI

Por que “Ainda Estou Aqui” está no centro de uma disputa milionária?

Rodrigo Teixeira, produtor de "Ainda Estou Aqui", enfrenta disputas sobre direitos autorais e dívidas que ultrapassam R$ 27 milhões.
Imagem dos protagonistas do filme Ainda Estou Aqui para ilustrar uma matéria jornalística.
(Imagem: divulgação/Ainda Estou Aqui)

Rodrigo Teixeira, aos 48 anos, é um dos grandes nomes do cinema brasileiro e do mundo. O carioca assina sucessos como Me Chame pelo Seu Nome, premiado com o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado em 2017, e Ainda Estou Aqui, que rendeu à atriz Fernanda Torres o Globo de Ouro. Contudo, o produtor também enfrenta um enredo turbulento fora das telas: uma dívida judicial de R$ 27 milhões e disputas legais envolvendo suas empresas. O portal Metrópoles divulgou as informações.

Ainda Estou Aqui: Sucesso nas telas e foco das disputas judiciais

Entre 2017 e 2020, Rodrigo Teixeira recebeu empréstimos do industrial Paulo Souss para financiar produções cinematográficas. Convencido por promessas de retornos lucrativos, Souss investiu em projetos como Prison Break e Wasp Network. Quando a dívida ultrapassou R$ 12 milhões, um acordo foi firmado, mas ele não cumpriu as condições, e o caso foi levado à Justiça. Hoje, o valor, com juros e multas, ultrapassa R$ 27 milhões.

Sem bens em seu nome, o produtor enfrenta a penhora de direitos autorais e faturamento das suas empresas, incluindo RT Filmes e Camisa 13. O industrial também busca arrecadar recursos do sucesso de bilheteria ‘Ainda Estou Aqui‘, já que Rodrigo Teixeira é um dos produtores. Até o último dia 23 de dezembro de 2024, o filme é era um dos mais assistidos no país e tinha arrecadado mais de R$ 62,9 milhões, segundo o Deadline.

Vídeo do canal É Babado no YouTube.

Contratos e dúvidas

A advogadas de Paulo Souss descobriu que os créditos do filme Ainda Estou Aqui são da RTRG, a produtora de Rodrigo Teixeira. Em resposta à Justiça, a GloboPlay, coprodutora do longa, confirmou que a RT Filmes não consta no contrato. A troca de empresas gerou suspeitas de que o produtor possa estar protegendo seus ativos, mas as investigações seguem em andamento.

Outras ações e polêmicas que vão além do filme ‘Ainda Estou Aqui’

Além da disputa com Paulo Souss, o produtor enfrenta cobranças de Ruben Feffer, herdeiro do Grupo Suzano, que alega um débito de R$ 747 mil relacionado ao filme Born. O longa nunca foi lançado, e Feffer afirma que investiu na produção. Por sua vez, Rodrigo contesta a dívida, dizendo que o valor refere-se a um empréstimo já parcialmente quitado.

Dificuldade em acessar informações

Os entraves judiciais aumentaram quando um perito nomeado para acessar documentos contábeis de Rodrigo Teixeira encontrou dificuldades para localizar suas empresas. A RT Filmes e a RTRG, registradas na Rua Girassol, em São Paulo, estariam operando em um coworking na Avenida Paulista, segundo apurado.

Mesmo com as pendências, a Justiça garantiu um depósito de R$ 276 mil feito pela Globo em favor da RTRG para assegurar parte da dívida.

Um futuro incerto

Apesar do reconhecimento internacional, os conflitos judiciais de Rodrigo Teixeira levantam questionamentos sobre os bastidores do financiamento cinematográfico no Brasil. O produtor segue em evidência, tanto pelas conquistas artísticas quanto pelos desafios fora das telas. 

Confira nossos canais
Siga nas Redes Sociais
Notícias Relacionadas