Estudo do Fórum Econômico Mundial, realizado em 55 países, projeta que até 2030 as novas tecnologias serão responsáveis pela criação de 170 milhões de empregos mas tornarão obsoletos 92 milhões, resultando em um saldo de 78 milhões de postos de trabalho, ou 7% do total atual.
Quais as áreas responsáveis pela criação de emprego até 2023?
Os novos postos deverão envolver áreas como Big Data, engenharia de Fintech, inteligência artificial, desenvolvimento de software, segurança, armazenamento de dados, veículos autônomos, design de interfaces, internet das coisas e motoristas de entrega.
Por outro lado, a criação de empregos em setores como serviços postais, caixas bancários, operadores de dados, assistentes administrativos, contabilidade, transporte, controle de estoque e vendas porta a porta tendem a diminuir.
Hugo Tadeu, da Fundação Dom Cabral (entidade que colaborou com Fórum Econômico Mundial), afirmou que a crescente demanda por tecnologia resultará na criação de milhões de novos empregos, desde que as empresas realizem os investimentos necessários.
Situação de postos de trabalho no Brasil
Segundo o levantamento sobre criação de empregos pela tecnologia, nove em cada dez empresas no Brasil planejam melhorar suas competências em tecnologia. No entanto, as organizações brasileiras demonstram preferência por contratar profissionais já qualificados em vez de investir na formação interna. “É fundamental destacar que a área de gestão de pessoas no Brasil precisa se atualizar para entender que o cenário está em transformação. Nesse contexto, questões como orçamento, investimentos, capacitação e treinamento devem ser prioridades”, afirmou Tadeu.
O estudo sobre criação de empregos também revela que 37% das habilidades dos trabalhadores brasileiros devem passar por mudanças nos próximos cinco anos, com a migração para áreas como inteligência artificial, Big Data, pensamento crítico, alfabetização tecnológica e lógica geral.
Além disso, 58% das empresas brasileiras esperam contratar funcionários com novas habilidades, enquanto 48% pretendem requalificar trabalhadores de funções em declínio para aquelas em ascensão.