Conteúdo Patrocinado
Anúncio SST SESI

Galípolo afirma em carta que BC vem adotando medidas para meta de inflação

Descumprimento da meta de inflação em 2024: BC aponta fatores como inflação importada e desvalorização cambial. Galípolo detalha medidas e projeta trajetória de declínio até 2025, com nova política de metas contínuas em vigor
Gabriel Galípolo justifica descumprimento da meta de inflação
Lula Marques/ Agência Brasil

O Banco Central está adotando medidas para garantir que o cumprimento da meta de inflação estabelecida, afirmou nesta sexta-feira (10) o presidente da instituição, Gabriel Galípolo, após o descumprimento do teto da meta em 2024.

Comunicado do descumprimento da meta de inflação

Em uma carta aberta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Galípolo destacou que fatores como inflação importada, inércia do ano anterior, hiato do produto e expectativas de inflação foram os principais responsáveis pelo rompimento do teto.

A inflação de 2024 encerrou em 4,83%, conforme divulgado pelo IBGE. O resultado ultrapassou o teto da meta, fixada em 3% com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, chegando ao limite de 4,5%.

Segundo a carta, a inflação importada contribuiu com 0,72 ponto percentual do desvio para o descumprimento da meta de inflação Esse impacto foi impulsionado pela desvalorização do real (1,21 p.p.) e o aumento das cotações de commodities (0,10 p.p.). No entanto, a queda nos preços internacionais do petróleo (-0,59 p.p.) atenuou parcialmente o efeito.

Outros fatores também pesaram

  • Inércia inflacionária de 2023: 0,52 p.p.
  • Hiato do produto: 0,49 p.p.
  • Expectativas de inflação: 0,30 p.p.

Sobre o descumprimento, projeções do Banco Central indicam que a inflação permanecerá acima do teto da meta até o terceiro trimestre de 2025, entrando em declínio gradualmente, mas ainda acima do centro do alvo.

Este é o oitavo episódio de rompimento do teto da meta em 26 anos do regime de metas no Brasil, ocorrido também em 2001, 2002, 2003, 2015, 2017, 2021 e 2022.

Aumento da taxa Selic

Para enfrentar a inflação (descumprimento da meta), o Banco Central aumentou a taxa Selic para 12,25% ao ano em dezembro, com previsão de novas altas nas próximas reuniões do Copom em 2025. Essa decisão ocorre em um contexto de atividade econômica aquecida, incertezas externas e desafios fiscais.

A partir de 2025, o Brasil adota um novo regime de metas de inflação contínuas. Nesse modelo, uma carta aberta será emitida caso a inflação acumulada em 12 meses permaneça fora da banda de tolerância por seis meses consecutivos.

Confira nossos canais
Siga nas Redes Sociais
Notícias Relacionadas