A safra brasileira de 2024 totalizou 292,7 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas, uma queda de 7,2% (22,7 milhões de toneladas) em relação a 2023, quando a produção atingiu 315,4 milhões de toneladas. Essa é a maior retração desde 2021, conforme o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Produção da safra brasileira afetada por questões climáticas
Apesar da redução na produção da safra brasileira, a área colhida cresceu 1,6%, alcançando 79 milhões de hectares, 1,2 milhão a mais que no ano anterior. A produtividade, no entanto, foi prejudicada por questões climáticas, como atrasos no plantio e enchentes no Sul, que afetaram culturas de soja, arroz e milho. Altas temperaturas e estiagens na segunda safra também impactaram o milho e o trigo.
A soja segue como o principal produto agrícola, com 144,9 milhões de toneladas, seguida pelo milho (114,7 milhões) e arroz (10,6 milhões). Esses três produtos representam 92,3% da produção total da safra brasileira e 87,2% da área colhida. O Mato Grosso lidera como maior estado produtor de grãos, com 31,4% do total, enquanto o Centro-Oeste é a principal região, responsável por 49,4% da produção.
Previsões para 2025
Para 2025, o IBGE projeta recuperação na produção da safra brasileira, com crescimento de 10,2% na safra, que pode atingir 322,6 milhões de toneladas. Segundo o gerente de agricultura do IBGE, Carlos Guedes, a melhora deve-se à recuperação da soja e ao clima mais favorável. Mas também aliado ao uso de tecnologia avançada, que possibilitou a compensação de atrasos no plantio.