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Dívida das famílias registra queda pelo 2º ano seguido

CNC aponta queda na dívida das famílias para 76,7% em 2024, segundo ano consecutivo de redução. Comprometimento médio da renda caiu para 29,8%, mas inadimplência segue alta, afetando 29,3% das famílias, especialmente as de baixa renda. Cenário exige atenção
Imagem com diversos cartões de crédito. Dívida das famílias cai pelo segundo ano seguido
Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) informou nesta quarta-feira (22/01) que o percentual de famílias endividadas no Brasil caiu para 76,7% em dezembro de 2024, em comparação aos 77,6% registrados no mesmo período de 2023. Este é o segundo ano consecutivo de queda no indicador de dívida das famílias, refletindo maior cautela dos brasileiros diante do cenário econômico marcado por alta na taxa Selic e na inflação, o que dificulta o acesso ao crédito.

Dívida das famílias de baixa renda

Segundo o levantamento, 29,3% das famílias estavam com dívidas em atraso, e 13% afirmaram não ter condições de quitá-las. O presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, destacou que a inadimplência afeta com maior gravidade as famílias de baixa renda. Afinal, elas enfrentam juros elevados e restrições orçamentárias. “É essencial promover um ambiente econômico estável para mitigar os impactos”, afirmou em meio às dívidas das famílias.

Comprometimento da renda

O estudo sobre dívida das famílias mostrou também o menor nível de comprometimento médio da renda familiar com dívidas desde 2019, equivalente a 29,8%. Já o prazo médio para quitação aumentou de 6,9 para 7,4 meses, indicando uma busca por melhores condições de pagamento.

Entre as famílias com renda de até três salários mínimos, 80,5% estavam endividadas em 2024. Apesar disso, a proporção de famílias que comprometem mais de 50% da renda com dívidas caiu levemente, de 20,7% para 20,6%.

O economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, apontou a importância de reforçar a educação financeira às famílias, além de implementar políticas de renegociação de dívidas bem estruturadas. Ele alerta que, em 2025, será crucial monitorar a inadimplência, dada a combinação de renda per capita baixa, juros altos e inflação persistente.

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