O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou nesta quinta-feira (30/01) que o déficit primário de R$ 44,0 bilhões em 2024 foi o segundo melhor resultado da década, ficando atrás apenas de 2022, quando houve superávit de R$ 54,09 bilhões em termos reais. Ele também defendeu que declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram tiradas de contexto e destacou que o governo poderá adotar novas medidas fiscais “se necessário”.
Medidas necessárias para resultado primário
Mais cedo, Lula declarou que, se depender dele, “não haverá mais nenhuma medida fiscal”, referindo-se a cortes de gastos públicos. Ceron, no entanto, minimizou a fala do presidente. “Junto com esse comentário, ele também mencionou que, se for necessário, adotaria as medidas necessárias para manter o país estável. A responsabilidade fiscal é um compromisso dele e do governo”, afirmou sobre o resultado primário.
O secretário acrescentou que a declaração de Lula é “absolutamente natural” e reflete a preocupação legítima do presidente em não comprometer políticas sociais essenciais para a população mais vulnerável. Para Ceron, o chefe do Executivo deu uma “sinalização positiva” para o equilíbrio fiscal.
Déficit de 2024
Em 2024, o governo registrou um déficit primário de R$ 44,0 bilhões, mas não houve inclusão na meta fiscal dos gastos emergenciais com enchentes no Rio Grande do Sul e queimadas no Brasil. Segundo o Tesouro Nacional, essas despesas somaram R$ 32 bilhões no ano passado. Dessa forma, o resultado primário negativo final nas contas públicas foi de R$ 11,0 bilhões, o que representa 0,09% do PIB (Produto Interno Bruto).









