O Banco Central Europeu (BCE) anunciou, nesta quinta-feira (30), uma redução de 25 pontos-base em suas taxas de juros, ajustando sua política monetária diante da estagnação econômica na zona do euro. Com a decisão, a taxa de depósito foi reduzida para 2,75%, a taxa de refinanciamento caiu para 2,90%, e a taxa de empréstimos passou a 3,15%.
Em 2024,foi a quarta vez que o BCE cortou os juros, seguindo uma trajetória de flexibilização iniciada em junho de 2023. A decisão já era amplamente esperada pelo mercado, especialmente diante da desaceleração do crescimento econômico e da inflação sob controle.
Vídeo do canal Banco Central Europeu no YouTube.
Crescimento econômico segue estagnado
Dados divulgados mais cedo pela Eurostat mostram que o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro não registrou crescimento no quarto trimestre de 2024, contrariando projeções de leve alta de 0,1%. No período anterior, a economia do bloco havia avançado 0,4%, evidenciando uma desaceleração significativa.
O baixo dinamismo econômico reforçou a necessidade de medidas para estimular a atividade. A queda nos juros busca facilitar o crédito e incentivar o consumo e os investimentos, em um momento de incertezas no cenário global.
Inflação perto da meta do Banco Central Europeu
A inflação ao consumidor na zona do euro está em 2,4% ao ano, conforme os dados mais recentes. O índice segue próximo da meta de 2%, estabelecida pelo BCE, o que dá margem para ajustes graduais na política monetária.
Durante o segundo semestre de 2023, a inflação chegou a ficar abaixo desse patamar, o que fortaleceu a confiança do BCE para iniciar o atual ciclo de cortes. A instituição, no entanto, mantém uma postura cautelosa para evitar pressões inflacionárias inesperadas.
Christine Lagarde fala sobre os próximos passos
A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, dará mais detalhes sobre a decisão em uma coletiva de imprensa. O mercado aguarda sinais sobre os próximos movimentos da autoridade monetária e a possibilidade de novas reduções nas taxas ao longo de 2024.
O foco da coletiva deve estar na avaliação do BCE sobre o ritmo da recuperação econômica e na estratégia para manter a inflação controlada sem comprometer o crescimento do bloco.
