Os Correios lideram o deficit primário das estatais federais em 2024, com saldo negativo de R$ 3,2 bilhões, seguidos pela Emgepron (Empresa Gerencial de Projetos Navais), que registrou um deficit de R$ 1,9 bilhão. No total, as estatais federais tiveram um saldo negativo de R$ 4,04 bilhões, considerando apenas as empresas incluídas na meta fiscal. Os dados vieram a público nesta quinta-feira (30./01) por meio do Ministério da Gestão e Inovação (MGI).
Déficit dos Correios exclui investimentos
O valor leva em conta a exclusão dos investimentos no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que somaram R$ 1,9 bilhão, e das contas da ENBPar, com deficit de R$ 463,1 milhões. Sem essas exceções, que contou com autorização da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), o saldo negativo chegaria a R$ 6,3 bilhões. Empresas do grupo Petrobras e bancos estatais não estão incluídos na meta fiscal.
Ministério da Gestão e Inovação diz que se trata de investimentos, e não de déficit primário
Segundo o MGI, o déficit da maioria das estatais (incluindo nesse entendimento o déficit dos Correios) reflete investimentos e não prejuízos operacionais. A pasta destaca ainda que os Correios tiveram grande influência no resultado e reforça que a LDO autoriza um déficit primário de até R$ 7,3 bilhões para as estatais em 2024.
O ministério também informou que os investimentos das estatais federais cresceram 44,1% em 2024, o que totaliza R$ 96,18 bilhões. O Banco Central deve divulgar, na sexta-feira (31/01), sua própria avaliação do resultado das estatais, o que inclui o déficit dos Correios.