O ouro futuro teve valorização nessa quinta-feira (30/1), renovando seu recorde de fechamento, impulsionado pela busca dos investidores por ativos seguros diante das incertezas sobre as políticas tarifárias do presidente dos EUA, Donald Trump. O metal também se beneficia da diminuição da força do dólar no mercado global e da queda nas taxas de juros dos Treasuries.
Qual a valorização do ouro?
O contrato do ouro para fevereiro subiu 1,92%, fechando a US$ 2.823,00 por onça-troy na Comex, a bolsa de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Durante o dia, a commodity atingiu a máxima de US$ 2.828,00, o maior valor desde outubro de 2024.
Apesar das declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, que indicaram a possibilidade de taxas de juros mais altas por mais tempo devido aos riscos inflacionários e ao mercado de trabalho robusto, os rendimentos dos Treasuries não reagiram de forma significativa. Isso favoreceu a valorização nos preços do ouro, explica Ricardo Evangelista, da ActivTrades.
Preocupações com medidas protecionistas
A valorização do ouro como ativo de segurança reflete as preocupações com as políticas protecionistas de Trump. A tarifa de 25% sobre o México e o Canadá, e outras taxas sobre a China, devem começar a ser aplicadas no sábado.
A volta de Trump ao poder tende a aumentar a demanda por ouro em 2025, de acordo com analistas do MUFG. Eles afirmam que as commodities, especialmente o ouro, atuam como proteção contra a inflação. Mas também projetam uma série de choques inflacionários induzidos pela política econômica de Trump.
O ouro já teve um início de ano forte, com uma alta de 7,75%, e analistas acreditam que o metal precioso continuará a se valorizar no curto prazo, especialmente com a nova administração dos EUA.









