O recente anúncio do possível prejuízo na Previ (Fundo de Previdência dos Empregados do Banco do Brasil) desencadeou preocupações entre economistas, investidores e segurados. Com uma auditoria emergencial aprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), as especulações sobre os impactos econômicos dessa situação aumentaram.
Abertura da auditoria
Em uma decisão na última sessão do Tribunal de Contas da União (TCU), na quarta-feira (05), foi aprovada a abertura de uma auditoria em caráter de urgência para investigar a gestão do fundo, por conta do possível prejuízo na Previ. Segundo o ministro Walton Alencar Rodrigues, o principal motivo para a auditoria é o prejuízo acumulado pelo plano “Plano 1” da Previ, que atingiu cerca de R$ 14 bilhões entre janeiro e novembro de 2024. O ministro destacou a necessidade de uma análise detalhada para entender a origem desse desempenho abaixo do esperado.
Possíveis impactos do prejuízo na Previ na economia
O prejuízo na Previ levanta preocupações não apenas para os segurados, mas também para o mercado financeiro em geral. Como um dos maiores fundos de previdência do país, a Previ é responsável por investimentos estratégicos em diversas empresas listadas na bolsa de valores. Um desempenho financeiro desfavorável pode refletir em desvalorização de ativos e abalar a confiança dos investidores.
Desempenho das ações: reduções na participação acionária ou vendas de ativos podem impactar negativamente os preços das ações de empresas estratégicas.
Insegurança nos planos previdenciários: mesmo com a Previ garantindo a estabilidade dos pagamentos, uma deterioração contínua poderia gerar insegurança entre os segurados.
Possível reestruturação: caso o cenário persista, há a possibilidade de reavaliação dos investimentos e até contribuições adicionais.
Previ responde às acusações
Diante das notícias sobre a auditoria referente ao prejuízo na Previ, a instituição emitiu uma nota reforçando que seus planos continuam equilibrados, apesar da volatilidade do mercado em 2024. A entidade destacou que, mesmo com o cenário desafiador, conseguiu pagar mais de R$ 16 bilhões em benefícios ao longo do ano sem a necessidade de vender ativos.
A Previ também repudiou as acusações de falhas na gestão, ressaltando que segue práticas rigorosas de governança e é constantemente fiscalizada por órgãos externos, incluindo a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).
“É necessário ainda corrigir afirmações e alertar nossos associados a respeito de um erro de entendimento mencionado nas matérias. O déficit de um determinado período não pode ser confundido com prejuízo. São conceitos bem distintos. A Previ não precisou vender nenhum ativo em 2024 para recompor suas reservas ou cumprir com suas obrigações. Pelo contrário, segue saudável pagando mais de R$ 16 bilhões em benefícios por ano, inclusive com recursos oriundos de dividendos das empresas que possui em seu portfólio.” Diz nota oficial da Previ.
Importância da transparência da Previ
Em relação ao prejuízo na Previ, a organização enfatizou que seus resultados são publicados mensalmente, garantindo total transparência aos associados. Essa postura é fundamental para manter a credibilidade da entidade, principalmente em períodos de instabilidade econômica.
O caso do prejuízo na Previ destaca a importância de uma gestão previdenciária sólida e transparente. Os desdobramentos dessa situação podem servir como um alerta para outras entidades do setor. Para os empresários e investidores, acompanhar de perto as movimentações financeiras da Previ e seus reflexos no mercado será essencial nos próximos meses. Manter-se informado e tomar decisões baseadas em análises criteriosas é fundamental para minimizar os riscos em um cenário econômico desafiador.









