O pregão do Ibovespa fechou em alta pelo segundo dia consecutivo, impulsionado pelo avanço das commodities e pela desaceleração da inflação no Brasil. Enquanto isso, as ameaças tarifárias de Donald Trump ao aço e alumínio ficaram em segundo plano.
Nesta terça-feira (11), o principal índice da bolsa brasileira subiu 0,76%, encerrando o pregão aos 126.521,66 pontos. O dólar à vista recuou 0,31%, cotado a R$ 5,7678.
Inflação desacelera e mercado reage
Os investidores repercutiram os dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que registrou alta de 0,16% em janeiro. O número representa uma desaceleração em relação aos 0,52% de dezembro. No acumulado de 12 meses, o IPCA está em 4,56%, ainda acima do teto da meta de inflação. O IBGE afirmou que a desaceleração da inflação foi influenciada pelo desconto nas tarifas de energia elétrica, resultado do bônus de Itaipu.
O que movimentou o pregão do Ibovespa?
Entre os destaques positivos do pregão do Ibovespa, as ações do Carrefour Brasil (CRFB3) dispararam mais de 15%. O avanço veio após o anúncio de que a rede francesa Carrefour S.A. pretende transformar sua unidade brasileira em uma subsidiária integral, retirando a empresa da B3.
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Outro destaque de alta foi a TIM (TIMS3), que subiu após apresentar um lucro líquido normalizado de R$ 1,06 bilhão no trimestre. O resultado superou a expectativa do mercado, que previa R$ 1 bilhão, segundo estimativas da LSEG.
Já entre as empresas mais pesadas do índice, Petrobras (PETR4;PETR3) fechou em alta, acompanhando a valorização do petróleo, enquanto a Vale (VALE3) terminou o pregão no vermelho.
Quem caiu no pregão do Ibovespa?
Na ponta negativa, Automob (AMOB3) teve queda superior a 3%, devolvendo os ganhos da sessão anterior. A Azul (AZUL4) seguiu em baixa pelo terceiro pregão consecutivo. O avanço do petróleo pressionou os papéis da companhia aérea, já que o aumento da commodity impacta os custos com combustível, como o querosene de aviação.
Com os investidores atentos aos próximos dados econômicos, o mercado deve continuar reagindo às oscilações das commodities e às expectativas para a inflação no Brasil.