Os dados de rentabilidade dos últimos 20 anos mostram que o Tesouro Direto rendeu mais do que a maioria dos investimentos nos Estados Unidos. Quem aplicou em torno de R$1.000 no Tesouro Direto no Brasil em 2005 viu seu capital crescer para aproximadamente R$6.371, enquanto um investidor que optou por alocar o mesmo valor em ativos americanos teria hoje cerca de R$2.903.
Comparativo de rentabilidade: Brasil x EUA
Embora o dólar tenha se valorizado 133% nesse período, esse fator isolado não foi suficiente para superar a rentabilidade da renda fixa brasileira. O principal motivo é a taxa Selic, que acumulou cerca de 632% em duas décadas, contrastando com os juros americanos, que somaram apenas 39% no mesmo intervalo. Esses números confirmam que o Tesouro Direto rendeu mais do que o investimento no exterior.
Nos últimos 10 anos, entretanto, a dinâmica teve oscilação. Entre 2015 e 2025, um investimento de R$1.000 nos EUA resultou em aproximadamente R$2.485, ligeiramente superior aos R$2.207 gerados pelo Tesouro Selic. A alta do dólar (54%) e os juros americanos (13%) contribuíram para essa variação.
Aprenda a investir no Tesouro Direto abaixo:
O impacto dos juros na rentabilidade do Tesouro Direto
O desempenho histórico da renda fixa no Brasil é fortemente influenciado pela Selic elevada. Por décadas, os juros altos tornaram os títulos do Tesouro Direto opções extremamente rentáveis. Já os EUA operam com taxas de juros muito mais baixas, favorecendo a alocação em renda variável.
Qual o melhor investimento?
Os números indicam que o Tesouro Direto rendeu mais no longo prazo, mas a decisão de investir no Brasil ou no exterior deve considerar diversificação e risco. A aplicação internacional pode ser vantajosa em alguns momentos, mas não é garantia de maior rentabilidade. Avaliar o câmbio, os juros e a estratégia de investimento é essencial para maximizar os retornos.
