A Copel (CPLE6) registrou um lucro líquido de R$ 575,2 milhões no quarto trimestre de 2024, uma queda de 39% em relação ao mesmo período do ano anterior. A Copel divulgou os resultados financeiros na noite desta quinta-feira (27), destacando desafios operacionais e a redução na receita com a venda de energia.
O que impactou o lucro da Copel?
O Ebitda ajustado da companhia elétrica atingiu R$ 1,26 bilhão no período, um recuo de 12,9% na comparação anual. A margem Ebitda ajustada caiu de 25,9% para 20,9%, apontando uma redução na eficiência operacional.
Segundo o relatório da empresa, a queda nos números foi influenciada principalmente pelo menor preço médio da energia vendida do portfólio da Copel GeT e pelo aumento do desvio de geração, que atingiu R$ 93,4 milhões, um crescimento de 49%. Além disso, a menor geração dos complexos eólicos e o maior volume de energia vinda do sistema de compensação de micro e minigeração distribuída (MMGD) pressionaram os resultados.
Endividamento cresce com alavancagem maior
A Copel encerrou dezembro de 2024 com um índice de alavancagem de 2,6 vezes, acima das 1,9 vez registradas no mesmo período de 2023. O aumento indica um maior nível de endividamento em relação à geração de caixa da companhia.
Dividendos e perspectivas para acionistas
Mesmo com a queda no lucro, o conselho de administração da Copel propôs a distribuição de R$ 1,250 bilhão em dividendos adicionais. A decisão será deliberada na Assembleia Geral Ordinária (AGO), marcada para 24 de abril de 2025. O pagamento está previsto para ocorrer até junho deste ano.
A Copel realizará uma teleconferência sobre os resultados nesta sexta-feira (28), às 10h, para detalhar o desempenho e responder a questionamentos do mercado.