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China taxa EUA em resposta a tarifaço de Donald Trump

China e EUA em disputa após tarifaço
China e EUA em disputa após tarifaço (Imagem: Canva)

A China taxa EUA em uma nova rodada de tarifas sobre produtos agrícolas e alimentos importados, intensificando a disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo. A medida, anunciada nesta terça-feira (4), responde à elevação de tarifas americanas sobre produtos chineses, que subiram de 10% para 20%.

China taxa EUA: impacto nas commodities

As tarifas chinesas, que entram em vigor no dia 10 de março, atingem principalmente produtos agrícolas. Pequim aplicará uma taxa de 15% sobre frango, trigo, milho e algodão, além de 10% sobre soja, carne suína e bovina, produtos aquáticos, frutas, vegetais e laticínios.

A decisão representa um golpe para os produtores americanos, que já enfrentam dificuldades em manter sua competitividade global. Atualmente, o Brasil lidera as exportações de soja, milho e algodão para a China, superando os Estados Unidos. Com a imposição das novas tarifas, a vantagem brasileira pode crescer ainda mais.

EUA reagem, mas China mantém diálogo aberto

O governo americano justificou a elevação de tarifas alegando que a China precisa adotar medidas mais rigorosas contra a exportação de insumos utilizados na produção de fentanil, uma droga altamente consumida nos EUA. Como resposta, a China criou novas taxas ao EUA, buscando pressionar Washington a flexibilizar sua posição.

Apesar da retaliação, Pequim enfatizou que deseja resolver a disputa por meio do diálogo. O porta-voz do Ministério do Comércio da China, Lin Jian, declarou que o país continuará defendendo seus interesses, mas não descarta negociações com os Estados Unidos.

Brasil pode sair beneficiado

Enquanto a tensão entre as potências cresce, o Brasil pode se beneficiar. A China, maior compradora de commodities agrícolas, tende a aumentar sua demanda por produtos brasileiros para compensar as dificuldades de importação dos EUA.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e a ex-ministra Tereza Cristina destacaram que essa disputa comercial pode abrir novas oportunidades para o agronegócio brasileiro. Com tarifas mais altas sobre os produtos americanos, a China deve reforçar suas relações comerciais com o Brasil, favorecendo exportações e impulsionando a economia nacional.

Cooperação ou confronto? O que esperar agora

A relação entre China e EUA sempre oscilou entre momentos de cooperação e confronto. Dessa vez, a imposição de tarifas reflete mais um capítulo da guerra comercial que já dura anos.

Embora a China taxe os EUA em resposta às ações americanas, Pequim sinaliza que prefere uma solução negociada. A questão central agora é saber se Washington responderá com mais retaliações ou buscará um acordo para evitar novos impactos no comércio global.

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