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BCE reduz taxa de juros: o que isso significa para a economia da UE?

A imagem mostra a fachada do Banco Central Europeu para representar que o BCE reduz taxa de juros.
BCE reduz taxa de juros. Foto: Forbes.

O Banco Central Europeu (BCE) anunciou nesta quinta-feira (6) a redução da taxa de juros para 2,5%, marcando a sexta queda consecutiva desde junho de 2024. A decisão ocorre em meio a um cenário de desaceleração da inflação e crescimento econômico frágil na zona do euro. Além disso, o BCE reduz taxa de juros e sinaliza que novos cortes podem ser implementados caso a conjuntura econômica exija um estímulo adicional.

Inflação sob controle e política monetária menos restritiva

A decisão do BCE foi amplamente antecipada pelo mercado, dada a tendência de queda da inflação, que em fevereiro registrou 2,4%, aproximando-se da meta de 2%. No comunicado oficial, a instituição destacou que a política monetária está “se tornando significativamente menos restritiva“, sugerindo que o atual nível de juros ainda exerce impacto sobre o crescimento econômico, mas em menor intensidade do que antes.

No entanto, a possibilidade de um novo corte em abril ainda não é garantida, já que setores mais conservadores do banco defendem uma abordagem cautelosa diante das incertezas econômicas globais.

Entenda as oscilações de juros do BCE abaixo:

BCE reduz taxa de juros, entenda impactos do corte de juros e cenário econômico

Além da inflação controlada, outro fator que motivou a decisão do BCE foi a revisão para baixo das projeções de crescimento da zona do euro. Para 2025, a previsão de expansão econômica foi reduzida para 0,9%, um leve aumento em relação aos 0,7% registrados em 2024, mas ainda aquém do desejado. A incerteza gerada por uma possível guerra comercial entre União Europeia e Estados Unidos também pesa sobre as expectativas dos investidores e empresas.

A Comissão Europeia e o governo alemão já anunciaram mudanças nas regras fiscais para aumentar os gastos com defesa e infraestrutura, especialmente diante do enfraquecimento do apoio dos EUA à Ucrânia. Esse aumento no gasto público pode ter impactos duplos: de um lado, estimular a economia; de outro, reacender preocupações inflacionárias no longo prazo.

Mercado financeiro e expectativas futuras

O BCE reduz taxa de juros e a decisão foi bem recebida pelo mercado financeiro, com os investidores precificando pelo menos mais dois cortes de juros ao longo de 2025. No entanto, a volatilidade dos mercados e a evolução do cenário internacional podem alterar esse panorama.

Os modelos do BCE indicam que a taxa de depósito só deixará de restringir o crescimento quando atingir níveis entre 1,75% e 2,25%, o que reforça a possibilidade de novas reduções. A entrevista coletiva de Lagarde nesta tarde será crucial para esclarecer se o BCE seguirá com cortes graduais ou adotará uma postura mais conservadora diante das pressões políticas e fiscais na Europa.

Com a inflação controlada e o crescimento ainda abaixo do esperado, o BCE mantém sua política de afrouxamento monetário como principal ferramenta para impulsionar a economia da zona do euro. O mercado, por sua vez, segue atento às próximas movimentações do banco central, que pode ajustar seu curso de ação conforme novos dados econômicos forem divulgados.

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