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Apagão em Buenos Aires afeta 600 mil e gera caos, calor extremo e revolta

A imagem mostra um poste de luz em meio à escuridão para representar o apagão em Bueno Aires.
Apagão em Buenos Aires afeta 600 mil e gera caos, calor extremo e revolta. Foto: Canva.

Um enorme apagão em Buenos Aires deixou mais de 600 mil pessoas sem luz na última semana, intensificando a crise energética na Argentina. A falta de energia ocorreu em meio a uma forte onda de calor, com temperaturas que chegaram a 40ºC. O incidente gerou caos no transporte, impactou o comércio e provocou protestos contra o governo Milei, que recentemente aprovou um aumento de 400% nas tarifas de eletricidade.

Falha no sistema elétrico e crise energética na Argentina

Segundo a concessionária Edesur, responsável pelo abastecimento na capital argentina, o apagão em Buenos Aires foi causado por uma falha em duas linhas de alta tensão da Costanera Hudson. O problema levou à interrupção de máquinas geradoras e afetou mais de 2.200 MW de energia, deixando parte da cidade e da região metropolitana sem luz.

Autoridades da Secretaria de Energia afirmaram que a falha ainda está sendo investigada. O Ente Nacional de Regulação da Eletricidade (Enre) pode aplicar multas à empresa, já que a interrupção do serviço gerou grande impacto na economia local.

Veja mais detalhes do apagão em Buenos Aires:

Onda de calor e impacto na infraestrutura elétrica

A crise energética na Argentina é agravada pelas altas temperaturas. Durante o apagão em Buenos Aires, semáforos desligados provocaram congestionamentos, o metrô ficou inoperante e trens sofreram atrasos, deixando milhares de passageiros sem transporte. Além disso, os bombeiros precisaram resgatar 63 pessoas presas em elevadores. Comerciantes recorreram a geradores para manter suas atividades.

A infraestrutura elétrica argentina enfrenta dificuldades devido à falta de investimentos. A União de Usuários e Consumidores (UUyC) denuncia que os recentes aumentos das tarifas de eletricidade na Argentina não foram acompanhados por melhorias na rede elétrica. Além disso, os cortes nos subsídios promovidos pelo governo Milei tornaram o custo da energia mais pesado para a população.

Protestos contra o governo Milei e tarifas após apagão em Buenos Aires

A crise do apagão em Buenos Aires gerou revolta. Na última semana, aposentados foram reprimidos com violência pela Polícia Federal ao protestarem contra as políticas do governo. Outra manifestação ocorreu na sede do Ministério do Capital Humano, onde servidores públicos protestaram contra demissões em massa.

O aumento das tarifas de eletricidade na Argentina chegou a 400% em 2024. A retirada de subsídios de energia fez com que as contas de luz se tornassem um peso ainda maior para a classe média e trabalhadores de baixa renda. Segundo Fernanda Lacey, da UUyC, o governo pretende eliminar completamente os subsídios para grande parte da população.

Futuro da regulação do setor elétrico argentino

A regulação do setor elétrico na Argentina após o apagão em Bueno Aires está em debate. Especialistas apontam que o sistema de transmissão precisa de ampliação urgente para evitar novos apagões em Buenos Aires e outras regiões do país. Enquanto isso, a população segue enfrentando aumentos nas contas de luz e a incerteza sobre a confiabilidade do fornecimento elétrico.

Após o apagão em Bueno Aires, o governo de Javier Milei afirma que investigações serão feitas para determinar responsabilidades pelo incidente e garantir que medidas sejam tomadas. No entanto, com os cortes de gastos públicos e privatizações em curso, há temores de que problemas na infraestrutura elétrica argentina continuem a se agravar.

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