O ex-presidente Donald Trump anunciou que os Estados Unidos vão aplicar uma tarifa de 25% sobre carros importados, caminhões leves e autopeças não fabricados no país. A medida entra em vigor no dia 2 de abril e amplia a política comercial dos EUA, marcada pelo protecionismo comercial. Para o Brasil, essa decisão pode representar uma ameaça direta às exportações brasileiras de autopeças.
Atualmente, a tarifa de importação para veículos é de apenas 2,5%. No entanto, com a nova regra, o governo americano busca proteger a indústria nacional e reduzir a dependência externa. Além disso, a decisão é vista por muitos especialistas como um novo capítulo da guerra comercial, com potenciais reflexos no mercado internacional.
Exportações do Brasil podem sofrer com nova tarifa de 25% sobre carros importados
O setor automotivo brasileiro pode ser um dos mais prejudicados. Por isso, empresários estão atentos ao impacto que a nova tarifa de 25% sobre carros importados pode causar. Enquanto isso, as empresas exportadoras de peças já demonstram preocupação com a possível queda nas vendas externas e o risco aos empregos no Brasil.
Pedro Brandão, CEO da CredÁgil, comentou: “Essa medida de Trump pode prejudicar diretamente as exportações brasileiras de autopeças. Além disso, a consequência mais imediata será o aumento nos preços dos carros fabricados nos Estados Unidos, o que deve pesar no bolso do consumidor americano.”
Impacto da nova tarifa automotiva no setor automotivo brasileiro
A decisão de Trump pode provocar efeitos diretos nas exportações brasileiras e na geração de empregos. Pedro Brandão, CEO da CredÁgil, comentou: “Essa medida pode prejudicar diretamente as exportações brasileiras de autopeças e elevar os preços dos carros nos EUA, afetando consumidores e a produção local.”
Estudo mostra aumento de preços e queda na produção
De acordo com um relatório da Comissão de Comércio Internacional dos EUA, publicado em 2024, a nova tarifa automotiva pode reduzir as importações de veículos em até 75%. Consequentemente, o preço médio dos carros nos EUA pode subir cerca de 5%. Dessa forma, a medida pode afetar a competitividade industrial e gerar impactos nos acordos com países parceiros.
Em 2024, os EUA importaram cerca de 8 milhões de veículos, o que movimentou US$ 240 bilhões. O Brasil, embora não seja um dos maiores exportadores de veículos completos, fornece uma quantidade relevante de peças. Portanto, o aumento das barreiras tarifárias compromete esse comércio e gera incertezas para o futuro.
produção global de pode ser prejudicada com tarifa de 25% sobre carros importados
Além disso, a tarifa atinge as peças usadas na montagem de veículos dentro dos Estados Unidos. Muitas fábricas americanas operam com insumos importados, principalmente do México e Canadá, sob antigos acordos comerciais. Por outro lado, as empresas terão de rever suas cadeias logísticas, o que pode elevar os custos e impactar os prazos de entrega.
Como resultado, o risco de desemprego no setor automotivo aumenta — tanto no Brasil quanto nos EUA. Enquanto isso, empresários brasileiros pedem ações do governo para proteger a indústria nacional e preservar os empregos no Brasil. A medida, embora tenha como foco estimular a produção interna, pode gerar impacto econômico mais amplo do que o previsto.