Durante o 1º Encontro Nacional da Indústria e Serviços na Fiesp, o vice-presidente Geraldo Alckmin falou que as estratégias econômicas do governo estão focadas no fortalecimento de acordos comerciais regionais e na promoção da digitalização e desburocratização para o desenvolvimento industrial. A iniciativa tem o objetivo de reintegrar o Brasil no contexto comercial global, com ênfase na América do Sul.
Mercosul e ampliação comercial
Alckmin ressaltou a expansão do Mercosul e os esforços recentes em consolidar acordos com blocos e nações, como Singapura e a União Europeia, como exemplos do compromisso do governo em dinamizar o comércio exterior. A adesão da Bolívia ao Mercosul e a negociação com a União Europeia foram destacadas como movimentos estratégicos para ampliar as relações comerciais do Brasil.
“Precisamos recuperar os vizinhos, retomar as exportações e o comércio na nossa região. Na América Latina, é 26% somente o comércio intrarregional. Então, a primeira boa notícia foi a ampliação do Mercosul. Eram quatro países e ingressou a Bolívia. Depois de 12 anos, o Mercosul fez um acordo com a Singapura e está trabalhando a União Europeia. Vai ser muito importante esse avanço. Ele é permanente, é um esforço que o Mercosul tem feito” destacou o vice-presidente.
Vantagem competitiva e liquidez global
O vice-presidente apontou a ausência de litígios internacionais do Brasil como uma vantagem competitiva no fechamento de negócios internacionais. Em um momento de “muita liquidez” global, Alckmin vê uma oportunidade para atrair investimentos, visando a melhoria da infraestrutura e a inovação tecnológica no país.
Avanços e objetivos econômicos
Alckmin destacou conquistas importante do governo, como a redução da inflação e a valorização do real, que contribuíram para um ambiente econômico favorável ao crescimento. Para o futuro, o foco está na sustentabilidade, na redução do custo do capital e no incentivo à Indústria de Transformação, elementos considerados essenciais para um desenvolvimento econômico sustentável e inclusivo.
Apelo à transição energética
O presidente da Fiesp, Josué Gomes, reforçou as preocupações de Alckmin e enfatizou a importância que além do fortalecimento dos acordos comerciais, também é preciso atenção na transição energética. Para Gomes, a adoção de práticas mais sustentáveis não apenas contribuirá para o combate às mudanças climáticas, mas também promoverá uma maior equidade social, ressaltando a necessidade de impulsionar a Indústria de Transformação para estimular o crescimento econômico.