O UBS BB projeta que a taxa Selic pode atingir 15,75% em julho, marcando o auge do atual ciclo de aperto da política monetária. A expectativa é que a taxa básica de juros permaneça nesse patamar até o fim de 2025, refletindo a pressão inflacionária no Brasil.
O Copom avalia uma inflação de 3,9% no terceiro trimestre de 2026 após alta da taxa Selic. Na reunião de maio, a meta será o último trimestre de 2025, com índice de preços ao consumidor (IPCA) estimado em 3,7%. Segundo o banco, esse número está acima da meta oficial de 3%, exigindo novos aumentos na taxa Selic.
Economistas do UBS BB acreditam em elevações de 0,50 ponto percentual em maio, junho e julho. Isso elevaria a taxa de 14,25% para 15,75%. A persistência da inflação acima da meta e alta da taxa Selic aponta para um aperto monetário mais prolongado.
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Taxa Selic elevada pressiona dólar e influencia expectativas do mercado
O início da reversão da política de juros, segundo o UBS, foi adiado para abril de 2026. A projeção agora é de seis cortes consecutivos de 0,50 p.p., pois o esperado é levar a taxa Selic para 12,75% até o fim do ano que vem. A decisão impacta diretamente os investimentos de renda fixa e os rendimentos do Tesouro Direto.
A expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) subiu de 1,3% para 1,5% em 2025, com destaque para o desempenho agrícola no início do ano. Apesar disso, o banco alerta para uma desaceleração no restante do ciclo.
No mercado financeiro, a estimativa do câmbio foi revisada: o dólar deve encerrar 2025 em R$ 5,80, abaixo da projeção anterior de R$ 6,00. A taxa Selic mais alta tende a valorizar o real frente a outras moedas, pois impulsiona expectativas de mercado e influenciando a curva de juros.
A análise do UBS também considera o hiato do produto, o comportamento dos juros compostos e o impacto do risco-país além da taxa Selic. Para o Banco Central do Brasil, manter a estabilidade requer decisões firmes de política monetária diante das flutuações do ciclo econômico.