O fechamento de capital do Carrefour Brasil movimentou o mercado financeiro nesta quinta-feira (4). A empresa anunciou a elevação da proposta para aquisição de suas ações, de R$ 7,70 para R$ 8,50 por ação, o que fez a ação CRFB3 saltar 10,77%, fechando a R$ 8,23. A nova Assembleia Geral Extraordinária será realizada em 25 de abril.
O objetivo do grupo é consolidar o processo de deslistagem do Carrefour Brasil da B3, tornando-se uma empresa de capital fechado. A proposta tenta mitigar a resistência dos acionistas minoritários, que consideraram a oferta anterior desvantajosa.
Nova proposta de fechamento de capital do Carrefour Brasil
A revisão da proposta de fechamento de capital do Carrefour Brasil gerou reações entre analistas e investidores. A nova oferta busca refletir o recente desempenho das ações do setor, considerando a valorização de concorrentes como o Assaí (ASAI3).
Além disso, o movimento ocorre em meio à pressão de fundos ativistas, que tentavam organizar uma oposição à oferta. Por outro lado, a nova condição tenta fortalecer o apoio dos investidores institucionais e evitar riscos de bloqueio da operação.
Deslistagem da B3 e impacto para os acionistas minoritários
O processo de deslistagem do Carrefour Brasil na B3 depende da aprovação dos minoritários, que detêm cerca de 27,6% do free float. Para isso, a proposta precisa de maioria simples desses votos.
Dessa forma, o mercado acompanha de perto o desdobramento. Segundo analistas da XP e JPMorgan, a ação tende a se aproximar do valor ofertado, o que pode representar um ganho imediato — mas encerra as negociações da ação na bolsa.
Valuation, governança e perspectivas após fechamento de capital
O novo preço levantou questionamentos sobre o valuation do Carrefour Brasil, visto como conservador por alguns especialistas. A XP aponta múltiplos de Preço/Lucro similares ao de empresas como Grupo Mateus.
Além disso, a transação gera dúvidas sobre a governança corporativa do Carrefour Brasil, especialmente em relação à atuação do controlador. O JPMorgan destacou que, se a proposta for barrada, há risco de diluição futura dos minoritários.
Portanto, o impacto do fechamento de capital do Carrefour Brasil ultrapassa o valor monetário imediato e se estende às perspectivas futuras da empresa.