A MRV (MRVE3) enfrenta um dos momentos mais delicados desde 2008, com suas ações girando em torno de R$ 5, após queda de 22% em 12 meses. A desvalorização, vista como “injustificada” por executivos da companhia, foi tema central no MRV Day, evento realizado nesta semana em São Paulo.
Segundo Ricardo Menin, CEO da MRV, o valor atual não reflete o real potencial da empresa. “É um valor ridículo. Todos os 80 sócios têm convicção de que a ação será muito mais valorizada”, declarou.
A companhia, maior construtora residencial da América Latina, sofreu com juros altos, prejuízos da subsidiária Resia nos EUA e com o impacto da pandemia em projetos mal sucedidos. Em 2022, foi o último ano de pagamento de dividendos.
Estratégia da MRV (MRVE3) foca na recuperação em 2025
Durante o evento, a MRV apresentou planos para reverter o cenário: vendas de terrenos parados, reestruturação da Resia e foco nas faixas populares do programa Minha Casa, Minha Vida.
A projeção é que os estoques elegíveis para a “Faixa 1” subam cinco vezes, para R$ 3 bilhões. Já os produtos para “Faixa 2” crescerão 65%, alcançando R$ 3,5 bilhões. Isso deve destravar vendas e elevar a receita.
Sobre novos dividendos ou recompra de ações, Menin afirmou que a prioridade é reduzir a alavancagem e fortalecer o caixa da empresa. Veja no vídeo abaixo mais detalhes sobre as afirmações do CEO:
Entre as 13 principais instituições que acompanham a MRV (MRVE3), seis recomendam “compra” e sete mantêm posição neutra. A expectativa de preço-alvo varia entre R$ 6 e R$ 17, segundo analistas.
A construtora aposta em 2025 como um ponto de virada para recuperar margens e reconquistar a confiança do mercado.
