A Ford suspende exportações para China devido às tarifas de 125% impostas sobre veículos dos Estados Unidos. A medida ocorre em meio à guerra comercial EUA-China, afetando diretamente as operações globais da montadora americana.
Com isso, modelos como o Mustang e a Ford F-150 Raptor deixaram de ser enviados para o mercado automotivo chinês, o maior do mundo. Em 2024, a montadora exportou apenas 5.500 veículos para a China, bem abaixo da média de 20 mil nos anos anteriores.
Tarifas impactam o setor automotivo e Ford suspende exportações para China
As tarifas sobre veículos dos EUA têm gerado forte impacto no setor automotivo, dificultando a competitividade das marcas estrangeiras no país asiático. A retaliação comercial da China também impôs taxas sobre autopeças, embora a Ford ainda continue exportando motores e transmissões para o país.
A suspensão inclui modelos de luxo como o Lincoln Navigator, segmento que vinha apresentando queda de vendas por causa das tarifas de importação chinesas. A medida é estratégica para minimizar o impacto das tarifas no lucro da Ford, já que os custos operacionais e logísticos não compensam diante da perda de margem.
Veja mais detalhes no vídeo abaixo sobre a suspensão de exportações da Ford para a China:
A produção dos veículos segue concentrada nos Estados Unidos, e a Ford mantém acordos de joint venture para produção local na China. Ainda assim, a produção automotiva nos EUA sofre pressão com a queda das exportações de automóveis para China, afetando toda a cadeia do setor.
Embora a Ford continue enviando o Lincoln Nautilus da China para os EUA, o cenário geral reforça como as tensões comerciais moldam as estratégias globais. A Ford e a guerra comercial ilustram bem os efeitos das disputas internacionais sobre os negócios e os consumidores.
