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Ações de frigoríficos recuam com surto nos EUA e alta de custos

Ações de frigoríficos recuam com surto nos EUA, alta de custos e incertezas nas exportações, afetando o mercado e o apetite dos investidores.
Gráfico mostra queda nas ações de frigoríficos após surto nos EUA
Desempenho das ações de frigoríficos é afetado por surto nos EUA e alta nos custos de produção. Foto: Canva.

As ações de frigoríficos operam em forte queda nesta sexta-feira após uma combinação de fatores negativos envolvendo o mercado internacional e o setor de proteínas no Brasil.

A desvalorização está diretamente ligada ao impacto econômico do surto nos EUA de gripe aviária e ao fim de autorizações de exportação de carne para a China. O movimento afeta empresas brasileiras com operação no exterior, agravando o risco no mercado de frigoríficos.

Gripe aviária afeta ações de frigoríficos com exportações em risco

A confirmação do surto de gripe aviária em plantas norte-americanas afeta as relações comerciais Brasil-EUA, especialmente no setor agroindustrial.

Com o avanço da doença, investidores reavaliam a exportação de carne para os EUA, receosos de barreiras sanitárias ou menor demanda global. Empresas como JBS e Marfrig, que atuam no mercado externo, sofrem diretamente, o que pressiona as ações de empresas de carne bovina.

Por volta das 14h, as ações da Minerva (BEEF3) cediam 2,03%, negociadas a R$ 5,79, enquanto as da JBS (JBSS3) caíam 1,34%, a R$ 43,49. Já BRF (BRFS3) recuava 0,97%, a R$ 22,48. A Marfrig (MRFG3) também operava no campo negativo, ainda que em menor ritmo, em queda de 0,14%, a R$ 21,45. Os números reforçam a aversão do mercado ao setor de frigoríficos no Brasil.

Custos de produção no setor de alimentos afetam rentabilidade

Além dos fatores sanitários, o aumento nos custos de produção no setor de alimentos eleva a preocupação com as margens operacionais.

O milho e a arroba do boi — insumos essenciais para a cadeia produtiva — estão mais caros, pressionando o lucro das empresas. Isso agrava o cenário no mercado financeiro e custos de produção, desestimulando novos investimentos no mercado de alimentos.

A inflação no Brasil reduz o consumo interno, enquanto o setor alimentício e inflação nos EUA impactam a competitividade global, criando uma pressão cruzada sobre os resultados das companhias listadas no mercado de ações no Brasil.

Projeções e riscos para ações de frigoríficos em 2025

Com a valorização do real frente ao dólar e menor apetite externo, cresce a percepção de ação de frigoríficos e crise econômica, afetando o humor dos investidores e reduzindo as expectativas para o setor.

Especialistas apontam que o movimento atual está inserido em um contexto de rotação de setores, no qual o mercado favorece empresas voltadas ao consumo doméstico. No entanto, há quem observe oportunidades de longo prazo. As projeções para o mercado de carne em 2025 indicam aumento da demanda em países emergentes, o que pode impulsionar o segmento no médio prazo.

Apesar disso, o momento inspira cautela. Portanto, o ambiente externo desfavorável, somado à alta nos preços de carne no mercado global, contribui para um cenário de incertezas para o setor de proteínas.

Setor de frigoríficos enfrenta reavaliação estratégica

As ações de frigoríficos seguem pressionadas, e investidores adotam postura defensiva diante do cenário volátil.

Com riscos sanitários, aumento de custos e incertezas nas relações comerciais Brasil-EUA, o setor requer análise criteriosa. Ademais, o desempenho das exportações, os ajustes nos custos e a retomada da confiança nos mercados globais serão determinantes para a recuperação dos papéis do setor de frigoríficos no Brasil.

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