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Magazine Luiza enfrenta queda no lucro, mas resiste no mercado

Magazine Luiza teve queda no lucro no 1º trimestre, afetado por juros e vendas online, mas sustentou margem com serviços e lojas físicas.
Magazine Luiza capta US$ 50 milhões do BID Invest para ampliar seus investimentos em tecnologia e acelerar a transformação digital.
(Imagem: divulgação / Magazine Luíza)

O balanço financeiro do Magazine Luiza resultados no primeiro trimestre mostram um cenário desafiador para o varejo online. Entre janeiro e março, a companhia teve crescimento quase nulo nas vendas totais, algo inédito desde 2018, quando passou a divulgar os dados consolidados. A alta da taxa de juros também pesou no desempenho, com impacto direto no resultado financeiro.

O lucro líquido contábil caiu 54,3% no período, somando R$ 12,8 milhões. Já o lucro líquido ajustado recuou 62,5%, alcançando R$ 11,2 milhões. Ainda assim, a empresa manteve resultado positivo, apoiada no crescimento de 11% do Ebitda — indicador que mede o lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação — graças ao desempenho da Luizacred, braço financeiro do grupo.

Receita de serviços ajuda a sustentar margens

A companhia conseguiu melhorar a margem bruta, que chegou a 30,6% no trimestre, alta de 0,7 ponto percentual em relação ao ano anterior. Esse resultado foi possível porque o Magazine Luiza manteve sua estratégia de preservar a rentabilidade, sem abrir mão da margem para vender mais.

Parte dessa margem veio do aumento na receita de serviços, incluindo as comissões cobradas no marketplace, a venda de seguros e a publicidade digital. Essas receitas ajudaram a compensar os efeitos da alta da taxa Selic sobre os custos financeiros da companhia.

Segundo comunicado da empresa aos investidores, o cenário econômico exige “disciplina e foco” para sustentar os resultados e as margens nos próximos trimestres.

No comércio eletrônico, as vendas caíram 2,3% entre janeiro e março, tanto no estoque próprio quanto nos lojistas parceiros. O ambiente de consumo ficou mais pressionado pela elevação dos juros, o que reduziu o ritmo de compras no canal digital.

Lojas físicas do Magazine Luiza sustentam crescimento modesto das vendas

As lojas físicas registraram crescimento de 6,2% no trimestre, o que ajudou a equilibrar o resultado total. Com isso, a venda geral do Magazine Luiza — somando o online e as lojas físicas — avançou 0,2%, alcançando R$ 16,1 bilhões no período. As lojas mais antigas, com mais de 12 meses de operação, cresceram 7,1%.

A receita bruta somou R$ 11,6 bilhões, alta de 0,9% em relação ao mesmo período de 2024. As despesas operacionais corresponderam a 23% da receita líquida, uma leve alta em relação aos 22,5% registrados no ano anterior, mantendo-se dentro do esperado.

As despesas financeiras representaram 5,2% da receita líquida, um aumento de 0,9 ponto percentual, refletindo o efeito da curva de juros mais elevada no custo do capital.

No fluxo de caixa, a companhia reduziu o consumo de recursos no primeiro trimestre. Historicamente, há maior saída de caixa nesse período, devido aos pagamentos à indústria pelas vendas realizadas no final do ano anterior. Em 2025, o impacto foi menor porque o Magazine Luiza monetizou créditos tributários e reduziu estoques, o que compensou parte das obrigações com fornecedores.

Ao fim de março, o caixa total da empresa somava R$ 6,7 bilhões, queda frente aos R$ 9 bilhões registrados um ano antes, principalmente pelo pagamento de dívidas. A dívida bruta do Magazine Luiza encerrou o trimestre em R$ 4,6 bilhões, resultando em um caixa líquido de R$ 2,1 bilhões, ante R$ 2,4 bilhões no mesmo período de 2024.

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