O IPCA subiu 0,43% em abril, segundo o IBGE, refletindo a pressão dos grupos de alimentação e saúde. Apesar da desaceleração em relação a março (0,56%), a inflação acumulada nos últimos 12 meses chegou a 5,53%.
Alimentos e remédios lideram a inflação em abril
O grupo Alimentação e bebidas teve alta de 0,82% e foi o maior impacto individual (0,18 p.p.) no índice geral. A alimentação no domicílio subiu 0,83%, com destaque para a batata-inglesa (+18,29%), tomate (+14,32%) e café moído (+4,48%). Já a alimentação fora do domicílio subiu 0,80%, puxada por lanche (+1,38%) e refeição (+0,48%).
O segundo maior impacto foi de Saúde e cuidados pessoais, com alta de 1,18% e contribuição de 0,16 p.p. Esse grupo foi afetado pelo reajuste de até 5,09% nos medicamentos, válido desde 31 de março. Produtos de higiene pessoal também subiram 1,09%.
IPCA subiu 0,43% em abril, veja mais detalhes no vídeo abaixo:
Transporte e combustíveis registram queda em abril
O único grupo com variação negativa foi Transportes, com recuo de 0,38%, influenciando o índice em -0,08 p.p. A queda foi puxada por passagens aéreas (-14,15%) e combustíveis: etanol (-0,82%), gasolina (-0,35%), óleo diesel (-1,27%) e gás veicular (-0,91%).
Essa redução ajudou a compensar parcialmente os aumentos nos demais grupos, colaborando para que o IPCA subiu 0,43% em abril e não mais que isso, apesar da pressão nos alimentos e remédios.
IPCA subiu 0,43% em abril: variações por grupo e inflação acumulada
Outros grupos também apresentaram altas: Vestuário (1,02%), Artigos de residência (0,53%), Despesas pessoais (0,54%), Comunicação (0,69%), Habitação (0,14%) e Educação (0,05%).
O IPCA subiu 0,43% em abril e acumula em 2025 uma alta de 2,48%. Em abril de 2024, a variação havia sido de 0,38%. A inflação de abril veio dentro do intervalo esperado por analistas, que projetavam variações entre 0,38% e 0,47%.
Para o restante do ano, o mercado segue monitorando as pressões de preços, especialmente em alimentos, medicamentos e energia. A expectativa é de que as próximas leituras do IPCA possam continuar mostrando desaceleração, caso não ocorram choques externos ou internos significativos.