A criadora de bonecas reborn Alana Nascimento afirma que chega a faturar até R$ 300 mil por mês com a venda de bonecas hiper-realistas em Campinas (SP). O sucesso do seu trabalho se ampliou com um vídeo no TikTok que ultrapassou 5 milhões de visualizações.
Como surgiu o negócio de bonecas reborn
Alana começou sua jornada com as bonecas reborn como um hobby. Ex-técnica de enfermagem e babá, ela começou customizando bonecas comuns com maquiagem e cabelos sintéticos. Com o tempo, investiu em materiais de qualidade e cursos especializados, o que transformou sua paixão em um negócio lucrativo.
Em 2009, ela abriu sua loja física e, durante a pandemia, adicionou um diferencial: expor as bonecas em incubadoras hospitalares restauradas. A loja ganhou identidade de “maternidade de bonecas”, com funcionárias chamadas de enfermeiras e encenações de partos simbólicos.
Quanto custa uma boneca reborn personalizada
Os valores das bonecas variam entre R$ 750 e R$ 10 mil. Os modelos mais caros são feitos em silicone, com pintura em múltiplas camadas e cabelo implantado fio a fio. Uma única boneca pode levar até três semanas para ser finalizada. O custo de produção pode chegar a R$ 6 mil.
Com uma equipe reduzida, Alana produz de 10 a 20 bonecas por mês. Em datas comemorativas como o Dia das Mães e o Natal, a demanda dispara, permitindo que o faturamento mensal chegue a R$ 300 mil.
Veja mais detalhes sobre os preços de Bonecas Reborn no vídeo abaixo:
TikTok ajudou a alavancar as vendas
A presença de Alana nas redes sociais, especialmente no TikTok, tem sido decisiva para seu crescimento. Um dos vídeos, mostrando um modelo de boneca reborn considerado “o mais realista da loja”, alcançou 5,3 milhões de views. Seu perfil tem 2,6 milhões de curtidas.
Com isso, a artista passou a ser convidada para exposições e reportagens, como uma matéria no programa Fantástico. A primeira exposição, feita com apenas 12 bonecas, foi um sucesso e garantiu as primeiras encomendas importantes.
Efeito terapêutico das bonecas reborn
Entre os clientes estão colecionadores, crianças e adultos em tratamento psicológico. Alana relata casos de mulheres que se apegaram às bonecas durante processos de fertilidade e de uma ONG que usou modelos com feridas simuladas para treinar mães de crianças com doenças raras.
Apesar das críticas nas redes sociais, Alana defende seu trabalho como uma arte com potencial terapêutico. “O reborn é 8 ou 80. Ou a pessoa ama, ou odeia. Mas o importante é respeitar”, diz ela para o G1.com.
