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Desemprego sobe em 12 estados e alcança 7% no 1º trimestre

O desemprego sobe em 12 estados no primeiro trimestre de 2025, segundo o IBGE, elevando a taxa nacional para 7%. O crescimento da desocupação ocorre em meio a desigualdades regionais e sociais marcantes, apesar do leve aumento na renda média da população ocupada. Especialistas apontam desafios para os próximos meses diante da desaceleração econômica.
A imagem mostra um homem sentado de fora de uma empresa com seus pertences para representar que o desemprego sobe em 12 estados
Desemprego sobe em 12 estados e alcança 7% no 1º trimestre. Foto: Canva

A taxa de desemprego subiu em 12 estados brasileiros no primeiro trimestre de 2025, alcançando 7% da população economicamente ativa, segundo dados do IBGE divulgados nesta sexta-feira (16). O aumento na desocupação interrompe uma sequência de trimestres com estabilidade ou queda e acende um alerta sobre o ritmo da atividade econômica neste início de ano.

O desemprego sobe em 12 estados e os dados revelam desigualdade entre regiões. Pernambuco, Bahia e Piauí lideram com taxas de 11,6%, 10,9% e 10,2%, respectivamente. Por outro lado, estados como Santa Catarina (3,0%), Rondônia (3,1%) e Mato Grosso (3,5%) apresentaram as menores taxas de desocupados.

Enquanto isso, a taxa nacional de 7% representa um aumento de 0,8 ponto percentual em relação ao último trimestre de 2024, embora ainda seja inferior ao mesmo período do ano passado, quando alcançava 7,9%.

Rendimento cresce, mas desigualdades persistem

Mesmo com o avanço da taxa de desemprego, o rendimento médio real da população ocupada teve crescimento. No primeiro trimestre, alcançou R$ 3.410, valor acima do registrado no trimestre anterior (R$ 3.371) e no mesmo período de 2024 (R$ 3.279).

Ainda assim, as desigualdades regionais permanecem evidentes. As regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste têm rendimentos médios acima de R$ 3.800, enquanto Norte e Nordeste ficam abaixo de R$ 2.700. Essas disparidades refletem também na qualidade das oportunidades de emprego oferecidas em diferentes partes do país.

Desemprego sobe em 12 estados: perfil do desemprego mostra desigualdade social

A análise da taxa de desemprego mostra ainda um recorte social marcado. A desocupação é maior entre mulheres, jovens e pessoas pretas e pardas. Mulheres enfrentam uma taxa de 8,8%, contra 5,8% entre os homens. Entre os jovens de 18 a 24 anos, a taxa chega a 16,5%.

A escolaridade também pesa: pessoas sem ensino médio completo têm quase o dobro da taxa de desemprego em comparação àquelas com ensino superior completo. Esses números evidenciam as barreiras estruturais enfrentadas por diferentes grupos no mercado de trabalho.

Perspectivas para os próximos meses

O desemprego sobe em 12 estados em um cenário de desaceleração econômica e pressão sobre a renda das famílias. Analistas apontam que o mercado de trabalho pode seguir desaquecido ao longo do primeiro semestre, influenciado por juros ainda elevados e incertezas fiscais.

A expectativa é que medidas de estímulo à economia, como ampliação de investimentos em infraestrutura e programas de transferência de renda, possam mitigar os efeitos negativos sobre o emprego. No entanto, especialistas alertam que avanços dependerão de um ambiente macroeconômico mais estável.

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