O rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela Moody’s reacendeu preocupações sobre o endividamento público e os impactos fiscais na economia dos EUA e no mercado global.
A agência retirou a nota de crédito dos EUA da classificação máxima “AAA”, rebaixando-a para “Aa1”. A justificativa está no aumento da dívida pública e nas taxas de juros dos EUA, que pressionam a sustentabilidade do crédito soberano americano. O rebaixamento pode afetar o mercado financeiro e a confiança de investidores internacionais, com reflexos no mercado de títulos e nos investimentos de risco.
Crescimento da dívida agrava risco-país e preocupa investidores
Segundo a Moody’s, o risco-país dos EUA se elevou diante da ausência de medidas eficazes para reduzir o déficit fiscal. O Congresso e a Casa Branca não conseguiram conter os gastos crescentes e os altos custos com juros, o que contribuiu para o rebaixamento de nota de crédito.
A agência acredita que as necessidades de financiamento seguirão aumentando, pressionando a economia dos EUA e o desempenho do crédito soberano no médio prazo. Assim, mesmo com a manutenção da perspectiva estável, o rebaixamento da nota de crédito dos EUA traz riscos para a reputação da dívida americana.
Mercado financeiro reage ao rebaixamento da nota de crédito dos EUA
O anúncio gerou instabilidade no mercado financeiro, com alta nos rendimentos dos papéis do Tesouro dos EUA e queda nas ações de empresas americanas, principalmente nos setores mais sensíveis à variação de juros.
Especialistas alertam que o rebaixamento da nota de crédito dos EUA pode provocar mudanças no comportamento de investidores internacionais, afetando fluxos de capital, câmbio e mercado financeiro, e elevando a cautela diante de investimentos de risco.
Impacto do rebaixamento da nota de crédito dos EUA na economia global
A decisão da Moody’s marca o fim de uma era: desde 1917 os EUA mantinham a nota “AAA”. Agora, todas as grandes agências — Moody’s, Fitch e S&P — classificam os EUA abaixo do grau máximo. A Fitch rebaixou em 2023, enquanto a S&P já havia feito o mesmo em 2011.
O impacto econômico global dessa mudança pode ser sentido nos próximos meses, especialmente em um cenário de juros altos e pressões fiscais. Desse modo, o rebaixamento de nota de crédito em um país com papel central na economia global pode intensificar temores de uma possível crise financeira global.
Perspectivas para investidores e a economia dos EUA
Apesar da confiança no Federal Reserve e na resiliência institucional americana, o alerta permanece. Portanto, a trajetória de gastos e dívida continuará sendo observada de perto por agências, bancos centrais e o mercado.
O rebaixamento da nota de crédito dos EUA deve influenciar decisões sobre investimentos de risco, alterar a dinâmica do mercado de títulos e forçar o debate sobre a responsabilidade fiscal. Assim, o desempenho da economia dos EUA está no centro das atenções, com impactos que se estendem aos investidores internacionais e ao cenário de crédito soberano mundial.