A disputa entre Exxon Mobil e Chevron por um dos maiores projetos de petróleo do mundo atingiu um ponto decisivo nesta semana. As duas gigantes americanas se enfrentam pelo direito de adquirir a participação da Hess na Guiana — uma fatia valiosa de um campo com mais de 11 bilhões de barris em reservas.
A disputa entre ExxonMobbil e Chevron começou após a Exxon alegar que tem prioridade contratual para assumir a fatia da Hess na Guiana. O negócio travou a tentativa da Chevron de comprar a Hess por US$ 53 bilhões, em uma das maiores aquisições já planejadas no setor.
Exxon Mobil x Chevron: quem deve levar a fatia da Hess na Guiana?
No centro da disputa está um contrato confidencial entre Exxon, Hess e a chinesa Cnooc. A Chevron e a Hess afirmam que a Exxon não tem o direito de interferir na compra corporativa. Já a Exxon defende que o acordo dá a ela e à Cnooc o poder de vetar a entrada de novos sócios no projeto.
Com o impasse sem solução, o caso foi levado à arbitragem em Londres. A audiência começou nesta segunda-feira (26), e uma decisão é esperada até setembro. Analistas estimam que a fatia da Hess no projeto pode valer até US$ 40 bilhões.
Relação entre CEOs azedou com o avanço do conflito
O conflito entre as empresas também abalou relações pessoais. Darren Woods, da Exxon, e Mike Wirth, da Chevron, antes mantinham contato frequente. Almoços e telefonemas entre os dois líderes eram comuns. Hoje, quase não se falam.
Fontes próximas aos executivos revelam que o relacionamento esfriou desde que a Exxon Mobil passou a contestar publicamente o negócio. O caso, que surpreendeu a indústria em Houston, revela o quanto campos petrolíferos de grande escala tornaram-se raros e disputados no mundo atual.
Arbitragem decide com base em contrato sigiloso
A chave do desfecho está nas cláusulas do contrato original entre as três empresas que atuam na Guiana. O painel de arbitragem deve decidir se Exxon e Cnooc têm, de fato, o direito de impedir a transação.
Enquanto a Chevron aposta em uma vitória para garantir a compra da Hess, a Exxon Mobil e a Cnooc projetam confiança em sua tese jurídica. Independentemente do resultado, a decisão terá impacto global no mercado de energia — e no equilíbrio entre as grandes petroleiras.









