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O que está freando o crescimento da Electrolux no país?

Com custos em alta e vendas desaceleradas, Electrolux aposta em eficiência e novos produtos para manter operação no Brasil em 2025.
Com custos em alta e vendas desaceleradas, Electrolux aposta em eficiência e novos produtos para manter operação no Brasil em 2025.
(Imagem: divulgação/Electrolux)

A Electrolux, uma das maiores fabricantes de eletrodomésticos do mundo, enfrenta dificuldades para crescer no Brasil em 2025. O aumento do dólar, a desaceleração das vendas e o cenário econômico instável pressionam os resultados da companhia no país.

A empresa sueca, que concentra mais da metade da receita latino-americana no mercado brasileiro, já observa sinais de piora no desempenho para o segundo semestre. Os custos seguem em alta, puxados pela valorização do dólar e pela dependência de insumos importados, como aço, alumínio e plástico. Em alguns produtos, até 65% dos componentes são atrelados à moeda norte-americana.

Estratégia da Electrolux mira eficiência e produtos mais baratos

Para proteger as margens, a Electrolux promoveu reajustes de preços desde o início do ano. Apesar disso, os preços finais ainda não refletem todos os aumentos de custos. Parte da estratégia é lançar novos produtos com menor uso de matéria-prima e design mais competitivo. Foram 70 lançamentos no primeiro semestre, e mais novidades devem chegar até dezembro.

As linhas de alto valor agregado, como refrigeradores premium, ajudam a sustentar as vendas acima da média. O crescimento em valor vendido foi de 16,3% na América Latina entre janeiro e março, abaixo dos 22,3% registrados em 2024. A margem operacional subiu levemente, de 6% para 6,2%, mesmo com os impactos negativos do câmbio.

Concorrência asiática pressiona o mercado brasileiro

O setor, porém, enfrenta dificuldades. A concorrência com marcas chinesas como Midea, Hisense e TCL se intensificou nos últimos anos, especialmente nos itens de entrada. Esse movimento torna mais difícil repassar preços ao consumidor final.

A alta dos juros também pressiona o mercado. A política monetária do Banco Central do Brasil endureceu após o aumento da inflação no fim de 2024, gerando incertezas e reduzindo a confiança para novos investimentos. Com isso, empresas adiam planos e se concentram em manter a rentabilidade.

Apesar do cenário adverso, a Electrolux segue investindo. Uma nova fábrica de portáteis está em construção no Paraná, com aporte estimado em R$ 700 milhões. A planta será a quinta da empresa no Brasil, que também opera unidades em Curitiba, São Carlos e Manaus.

Fora do Brasil, a Electrolux também lida com efeitos do protecionismo global. As tarifas impostas por Donald Trump nos Estados Unidos encareceram os insumos asiáticos. A companhia repassou os custos no mercado norte-americano, mas a América Latina permanece menos exposta, por importar diretamente da Ásia.

Mesmo com desafios cambiais e competitivos, a Electrolux aposta na renovação do portfólio e no ganho de eficiência para sustentar a operação no país até o fim de 2025.

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