Trump adia tarifa contra UE e estende negociações até 9 de julho após diálogo com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
A decisão de Trump adiar a tarifa contra UE surpreendeu o mercado no domingo (25). O presidente dos Estados Unidos, que ameaçava aplicar uma taxa de 50% sobre produtos europeus já em 1º de junho, recuou após uma ligação com Ursula von der Leyen. Segundo Trump, a conversa foi “agradável” e levou à prorrogação do prazo.
Analistas veem o gesto como uma tentativa de manter canais diplomáticos abertos em meio a um contexto de tensão comercial crescente. A presidente da Comissão Europeia afirmou nas redes sociais que há vontade de fechar um acordo com os EUA, mas é necessário tempo para concluir as negociações.
Enquanto isso, o setor produtivo europeu se mostra cauteloso, temendo impactos sobre exportações e cadeias globais.
Trump pressiona por concessões comerciais da UE
Mesmo com o adiamento, Trump adia tarifa contra UE sob forte pressão por mudanças. O presidente americano critica o que chama de “barreiras comerciais injustas”, acusando a União Europeia de dificultar o acesso de empresas americanas ao mercado europeu e de praticar desvalorização monetária.
“Estamos enfrentando um déficit comercial superior a US$ 250 bilhões por ano com a UE. Isso é inaceitável”, afirmou Trump na sexta-feira anterior ao anúncio do adiamento.
Fontes ligadas às negociações revelaram que a UE apresentou uma proposta revisada de acordo comercial na última semana, mas Trump classificou as conversas como “lentas demais”. A tarifa que inicialmente seria de 20% saltou para 50% nas ameaças recentes, o que amplia a tensão entre os blocos.
Trump adia tarifa contra UE, veja mais detalhes no vídeo abaixo:
Decisão afeta mercados e empresas globais
A medida em que Trump adia tarifa contra UE também influencia grandes empresas multinacionais, como Apple e Samsung. O presidente já declarou que pretende ampliar tarifas sobre produtos fabricados fora dos EUA, incluindo iPhones montados na Índia. A movimentação faz parte de sua estratégia para pressionar parceiros comerciais e repatriar indústrias.
Negociação segue até julho, mas tensão permanece
O adiamento até 9 de julho é, segundo Trump, o “último prazo” para um entendimento com a União Europeia. Caso não haja avanço nas negociações, a imposição da tarifa será retomada, conforme prometeram membros da Casa Branca.
Trump adia tarifa contra UE, mas a ameaça persiste. A decisão mantém a Europa em alerta e pressiona por um acordo comercial que atenda aos interesses dos dois lados. Até lá, o mundo acompanha os próximos passos dessa disputa.