O BTG Pactual comunicou ao mercado a aquisição de ativos de Daniel Vorcaro, controlador do Banco Master. Avaliada em R$ 1,5 bilhão, a operação envolve ações, imóveis e participações privadas. Segundo o banco, os recursos obtidos serão repassados ao Master.
O pacote inclui 15,17% da Light e 8,12% da Méliuz, além de outros investimentos em empresas, imóveis e créditos detidos por Daniel Vorcaro. A transação foi formalizada com aval do Banco Central e do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
O que está por trás dessa movimentação do BTG Pactual?
O BTG Pactual vinha avaliando o portfólio de Daniel Vorcaro há meses. Entraram nas discussões a sede do hotel Fasano, localizada no Itaim, e uma fatia na mineradora Itaminas. A operação, no entanto, não envolve qualquer compra direta do BTG em participação no Banco Master ou empresas do seu grupo.
O compromisso assumido por Daniel Vorcaro foi de usar o montante arrecadado para apoiar a estrutura financeira do Master, sem repasse de controle ou fusão com o BTG.
A transação recebeu acompanhamento formal do Banco Central e do FGC. O BTG Pactual fez questão de afirmar que o acordo não altera o controle ou composição societária do Banco Master. Também não há envolvimento de veículos ligados ao conglomerado financeiro do Master.
Em março, o Banco de Brasília (BRB) apresentou proposta para adquirir 58% do capital do Master, negócio que ainda depende de aprovação do Banco Central.
A venda dos bens é uma forma de capitalização?
O Banco Master enfrenta dificuldades financeiras desde que recebeu um aporte emergencial de R$ 4 bilhões do FGC. Mesmo com esse reforço, o valor era insuficiente para cobrir todos os compromissos da instituição até o fim do ano.
Diante disso, o controlador, Daniel Vorcaro, iniciou a venda de parte de seu patrimônio privado para gerar liquidez. Segundo nota oficial, a transação com o BTG Pactual “tem como finalidade reforçar o capital da instituição como parte do processo de venda de ações ao BRB”.