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Taxa Selic em 14,75% deve permanecer até março de 2026, aponta Morgan Stanley

Morgan Stanley projeta manutenção da taxa Selic em 14,75% até março de 2026, mesmo com pressão do mercado por cortes antecipados.
Gráfico de projeções da taxa Selic até 2026 segundo o Morgan Stanley
Projeção do Morgan Stanley indica que a taxa Selic continuará em 14,75% até março de 2026, contrariando expectativas do mercado. Foto: Canva.

A Selic em 14,75% deve continuar até o fim do primeiro trimestre de 2026, segundo análise do Morgan Stanley. A instituição acredita que a taxa de juros Selic permanecerá em patamar elevado mesmo com as apostas do mercado por cortes ainda em 2025.

Política monetária mantém taxa Selic elevada por mais tempo

A postura atual do Banco Central indica que a taxa Selic seguirá em níveis altos por mais tempo. A economista-chefe do Morgan Stanley, Ana Madeira, reforça que há uma decisão estratégica da autoridade monetária em manter os juros altos mesmo com as pressões do mercado por cortes antecipados.

Esse cenário está diretamente relacionado à política monetária do Brasil, que busca conter a inflação sem comprometer o crescimento. Ou seja, o BC tem priorizado a estabilidade de preços mesmo diante de um cenário de desaceleração global.

Impacto da taxa Selic no mercado financeiro e no consumo

O impacto da taxa Selic no mercado financeiro afeta diretamente desde os investimentos em renda fixa até o comportamento do consumidor. Com juros elevados, há valorização dos títulos públicos, como o Tesouro Direto, e maior atratividade para investimentos com a Selic alta.

Por outro lado, o efeito da Selic sobre os empréstimos encarece o crédito e limita o consumo, afetando o desempenho de setores dependentes do financiamento. Dessa forma, há também um impacto direto na taxa de juros e consumo no Brasil, com o encarecimento do crédito dificultando a retomada da economia em ritmo mais acelerado.

Selic e inflação devem seguir pressionando a economia em 2025

Outro ponto fundamental para o Banco Central manter a taxa de juros Selic elevada é o controle da inflação. A relação entre Selic e inflação continua sendo estratégica, especialmente diante da projeção da Selic 2026 feita pelo Morgan Stanley. A instituição projeta inflação de 5,6% para 2025 e 4,4% para 2026, valores próximos ou acima do limite da meta, o que reforça a necessidade de manter a política monetária firme.

Mesmo com previsão de crescimento do PIB de 2,3%, o consumo privado aquecido e o mercado de trabalho forte dificultam a desaceleração da inflação. Esse cenário limita a taxa de juros e consumo no Brasil, que deve seguir em ritmo contido nos próximos trimestres.

Projeções do Banco Central e perspectiva de alta da Selic

O relatório Focus divulgado pelo Banco Central mostra que as projeções do Banco Central sobre a Selic também são conservadoras. Além disso, a expectativa majoritária é de que o primeiro corte ocorra apenas em 2026, acompanhando a visão do Morgan Stanley. Ademais, mesmo com a precificação dos juros futuros no Brasil sinalizando possível recuo já em dezembro de 2025, o cenário é de cautela.

Dessa forma, a perspectiva de alta da Selic permanece como risco de curto prazo, especialmente se houver deterioração no cenário fiscal ou choques inflacionários inesperados.

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