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Pedro Brandão critica postura do Copom ao sinalizar futuros aumentos de juros

Pedro Brandão, CEO da CredÁgil, critica a manutenção da Selic em 15%, que pode afetar o crédito e o custo de vida, especialmente para pequenos empreendedores e famílias de baixa renda. Ele defende que o Banco Central deve equilibrar o combate à inflação com estímulos à economia, evitando incertezas prejudiciais ao crescimento. A FIEC também aponta os impactos negativos da Selic elevada na produção industrial.
Pedro Brandão em análise sobre o Copom que sinaliza novos aumentos de juros
Pedro Brandão, especialista em finanças e CEO da CredÁgil.

A decisão do Comitê de Política Monetária de elevar a taxa Selic para 15% reforça o cenário em que o Copom sinaliza novos aumentos de juros nos próximos meses, diante do risco de alta inflacionária. A medida gerou reações no mercado financeiro. Entre os que analisam essa postura com preocupação está o especialista em finanças Pedro Brandão, CEO da CredÁgil. O órgão realiza reuniões a cada 45 dias para definir a taxa básica de juros

Para Brandão “a autoridade monetária age com excesso de zelo, o que trava o crédito e encarece o custo de vida, mesmo com sinais claros de desaceleração econômica”.

Com essa postura, o Copom sinaliza novos aumentos de juros caso a inflação no Brasil volte a subir, mesmo diante de uma economia brasileira ainda fragilizada. Brandão vê risco de deterioração do ambiente de negócios caso a autoridade monetária insista em um tom restritivo diante de uma inflação ainda sob controle.

“O problema é que o Banco Central age baseado em hipóteses futuras e ignora o presente da economia real, que já sofre com consumo retraído e alta inadimplência”, destaca.

Copom sinaliza novos aumentos de juros em cenário de desaceleração

Apesar de dados que mostram inflação equilibrada, o Copom justificou sua postura com base em riscos externos, como da economia dos Estados Unidos e os conflitos no Oriente Médio. Para Pedro Brandão, isso não basta para sustentar uma política monetária restritiva.

“O mercado precisa de estabilidade, não de incertezas geradas por sinalizações de alta em um cenário macroeconômico ainda indefinido”, avalia.

Além disso, Brandão afirma que os juros básicos da economia penalizam especialmente os pequenos empreendedores e as famílias de baixa renda, que dependem do crédito rotativo e parcelado. Com a política monetária mais rígida, há um impacto direto no custo do crédito, dificultando a expansão dos negócios e o acesso ao financiamento.

Gráfico com a evolução da taxa Selic até 2025, em que o Copom sinaliza novos aumentos de juros.

Pedro Brandão alerta para alta no capital especulativo

“A alta contínua dos juros tira fôlego do setor produtivo e transfere o protagonismo da economia para o capital especulativo”, critica o especialista.

Pedro Brandão defende que o Banco Central tenha equilíbrio no combate à inflação com estímulos à atividade econômica, sob pena de travar o crescimento ainda mais.

A expectativa é que o Copom tenha sinalizado novos aumentos de juros como resposta preventiva a riscos externos, mesmo com perspectiva econômica de desaceleração e expectativas de inflação ancoradas.

FIEC alerta para alto custo da taxa Selic na produção industrial

A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) também divulgou nota alertando para os impactos da taxa Selic, que chegou a 15% ao ano. Segundo a entidade, enquanto o Copom sinaliza novos aumentos de juros nos próximos meses, a indústria enfrenta custos elevados, perda de competitividade e retração na demanda.

Quando o Copom realiza reuniãoes?

Comitê de Política Monetário (Copom), órgão colegiado do Banco Central do Brasil (BC), realiza reuniões a cada 45 dias para definir a taxa básica de juros, com o objetivo de controlar a inflação e preservar a estabilidade da economia brasileira. A 272ª reunião do Copom está agendada para os próximos dias 29 e 30 de julho.

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