O fechamento do Estreito de Ormuz pelo Irã, anunciado neste domingo (22/06), reacende alertas sobre o equilíbrio geopolítico no Golfo Pérsico. A decisão, aprovada pelo parlamento iraniano após ofensiva militar dos EUA, interrompe uma rota por onde passam 30% de todo o petróleo marítimo mundial. A região, estreita e estratégica, já foi palco de acidentes aéreos, confrontos navais e crises diplomáticas. O episódio marca mais uma fase da crise no Oriente Médio, agora envolvendo o fechamento do Estreito de Ormuz pelo Irã.
Em meio a discursão do programa nuclear do Irã, a medida não surpreendeu analistas experientes em geopolítica energética. Desde 1997, o então ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Maleki, já afirmava que o país apoiava o livre tráfego em Ormuz, no entanto, se reservaria o direito de bloqueá-lo em caso de ameaça. Agora, o Irã sinaliza claramente que o controle do petróleo ainda é uma arma de negociação internacional. Assim, o fechamento do Estreito de Ormuz pelo Irã ganha mais relevância.
Ormuz: rota vital marcada por tragédias e conflitos
O Estreito de Ormuz é uma das passagens marítimas mais movimentadas e sensíveis do mundo. Além de sua importância econômica, a região coleciona episódios marcantes da história moderna, reforçando sua reputação como zona de risco estratégico. Em 3 de julho de 1988, um avião comercial da Iran Air, voo 655, foi acidentalmente abatido por um navio americano, matando as 290 pessoas a bordo. Posteriormente, o governo dos EUA reconheceu o erro e pagou US$ 68,1 milhões às famílias das vítimas.
Em 2007, por exemplo, lanchas iranianas capturaram 15 marinheiros britânicos, que só foram libertados após duas semanas de negociações. Já em 2008, um novo confronto envolvendo a Marinha dos EUA reforçou o estigma do estreito como um território marcado por instabilidade. Com isso, o histórico de conflitos torna evidente que a tensão no Estreito de Ormuz é uma constante geopolítica — e não um fato isolado. Esses incidentes ajudam a contextualizar o atual fechamento do Estreito de Ormuz pelo Irã.
Fechamento do Estreito de Ormuz pelo Irã gera efeitos econômicos
O fechamento do Estreito de Ormuz pelo Irã acendeu os alertas em diversas bolsas internacionais. O Deutsche Bank já projeta que o barril de petróleo pode ultrapassar US$ 120 até 2026, caso o impasse se prolongue. A medida impacta diretamente cadeias produtivas, empresas aéreas, custo de combustíveis e até políticas monetárias em países importadores de energia. O impacto econômico global já começa a ser sentido nos mercados e é diretamente influenciado pelo fechamento do Estreito de Ormuz pelo Irã.
Além disso, a interrupção da rota exige redirecionamento logístico e pode acelerar investimentos em fontes alternativas. A instabilidade gera incerteza não só no mercado de energia, mas também nas relações diplomáticas entre potências globais.
Confira no vídeo mais sobre o fechamento do Estreito de Ormuz:
O bloqueio marítimo do Irã, causado pelo fechamento do Estreito de Ormuz, também afeta a rota do petróleo mundial. Esse tipo de tensão aumenta os riscos de conflito entre Irã e Estados Unidos, reacende debates sobre ameaças ao comércio internacional e coloca em nova fase as tensões militares no Golfo.
No fim, o fechamento do Estreito de Ormuz pelo Irã envia uma mensagem clara: seu controle geográfico é também um trunfo estratégico.