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Bastidores da parceria Bradesco e C&A: o que motivou o fim da operação

A parceria entre Bradesco e C&A, iniciada em 2009, foi encerrada com a recompra da operação financeira por R$ 651 milhões. Essa movimentação reflete mudanças nas estratégias de ambos os grupos. A C&A busca um ecossistema financeiro próprio, enquanto o Bradesco redireciona seu capital para áreas mais rentáveis. Descubra como essas transformações moldam o futuro do varejo e do setor bancário no Brasil.
Fachada da C&A com destaque para o Bradesco simbolizando a parceria Bradesco e C&A

A parceria do Bradesco e C&A, firmada em 2009 com a compra do Banco Ibi, terminou após a C&A recomprar a operação financeira por R$ 651 milhões. No entanto, a movimentação vai além de uma simples venda. Ela expressa mudanças estruturais nas estratégias dos dois grupos, que atuam em um mercado cada vez mais digital, competitivo e focado em rentabilidade.

Na visão do Bradesco, a joint venture ofereceu, desde o início, uma forma eficiente de ampliar presença no varejo. Também permitiu diversificar as linhas de crédito e acessar diretamente os consumidores das lojas da C&A. Com a Bradescard, o banco passou a emitir cartões private label com a marca da varejista. “Essa solução sustentou bons resultados para ambos durante muitos anos”, diz o banco.

Por que a C&A decidiu encerrar a parceria com o Bradesco?

O desempenho limitado da penetração de crédito e o avanço de novas soluções digitais levaram a C&A a repensar o modelo com o Bradesco. A pequena taxa de aprovação dos cartões Bradescard que girava em torno de 20%, abaixo de concorrentes como Renner e Riachuelo. Ao mesmo tempo, a empresa já vinha investindo no C&A Pay, seu ecossistema financeiro próprio.

Com a recompra da operação, a C&A assume o controle total da vertical financeira. A medida permite maior flexibilidade, personalização de produtos e liberdade para integrar cashback, fidelização e promoções. É também uma resposta ao novo perfil de consumo e à digitalização do varejo.

Estratégia do Bradesco na carreira “Solo”

Com o encerramento da parceria do Bradesco e C&A, o banco reposiciona sua estratégia no varejo financeiro. Em vez de manter estruturas conjuntas e operações reguladas, o Bradesco opta por concentrar esforços em frentes com maior rentabilidade e menor complexidade operacional.

O foco passa a ser segmentos como crédito consignado, seguros, gestão patrimonial e plataformas digitais. Segundo o especialista em finanças Pedro Brandão, da CredÁgil, a operação reduz a alavancagem e melhora indicadores financeiros.

Confira matéria do Economic News Brasil com dados da queda no lucro da C&A que despencou 94,3% no primeiro trimestre de 2025.

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