O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), confirmou que o projeto que busca suspender o aumento do IOF será votado nesta quarta-feira (25). A proposta (PDL 314/25) tem como objetivo anular os efeitos do decreto presidencial que reajustou a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras.
Além disso, a Câmara incluiu a matéria de forma emergencial na pauta do Plenário, na sessão que iniciou às 13h55. Na semana passada, os parlamentares aprovaram o requerimento de urgência. Em seguida, Hugo Motta designou o deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) como relator da proposta.
Deputados se mobilizam para suspender o aumento do IOF
A proposta para suspender o aumento do IOF ganhou força após críticas de parlamentares à condução da política econômica do governo. Assim, insatisfeitos com a demora na liberação de emendas, deputados do centro e da oposição se uniram para acelerar a tramitação do projeto.
Governo defende o decreto como medida de justiça fiscal
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, utilizou suas redes sociais nesta quarta para defender o decreto do IOF:
“O decreto do IOF corrige uma injustiça: combate a evasão de impostos dos mais ricos para equilibrar as contas públicas e garantir os direitos sociais dos trabalhadores”, destacou o ministro.
Apesar da defesa do governo, a medida enfrenta resistência de setores que afirmam que o aumento do imposto pressiona o crédito e prejudica principalmente a classe média e os pequenos negócios.
Além da votação para suspender o aumento do IOF, estão na pauta:
- MP 1291/25, sobre uso do Fundo Social para infraestrutura e habitação;
- MP 1292/25, que autoriza consignado a trabalhadores da iniciativa privada;
- PL 2692/25, que mantém isenção do IR para salários até R$ 3.036.
Segundo o jornalista Gerson Camarotti, da GloboNews, o governo foi surpreendido com a decisão de Hugo Motta de pautar o projeto nesta quarta. A medida amplia o embate entre Executivo e Legislativo sobre a política tributária de 2025.
Segundo analistas, diante das estimativas levantadas, será difícil o governo barra a votação para suspender o aumento do IOF.