O mercado de imóveis corporativos manteve ritmo de alta em maio. De acordo com o Índice FipeZAP, os preços de venda de salas e conjuntos comerciais de até 200 m² subiram 0,18%, enquanto o aluguel comercial em maio de 2025 registrou aumento de 0,62%. As variações, apesar de positivas, ficaram abaixo das observadas em abril, quando os avanços haviam sido de 0,23% e 1,08%, respectivamente.
Estabilidade nos preços e no aluguel comercial em maio de 2025
A economista Paula Reis, do DataZAP, observa que o aperto monetário iniciado em setembro de 2024 ainda não produziu efeitos claros no segmento comercial.
Dados acumulados em 12 meses:
- Aluguel comercial: variação desacelerou de 7,83% para 7,30%;
- Venda de imóveis comerciais: variação subiu de 1,34% para 1,42%;
- O comportamento contradiz o esperado, que seria desaceleração nas vendas e aquecimento nas locações.
Aluguel comercial em maio de 2025 supera a inflação
O aluguel comercial em maio de 2025 permanece com desempenho sólido, superando os principais indicadores de inflação:
- IPCA (inflação oficial): 5,32%;
- IGP-M (inflação dos aluguéis): 7,02%;
- Retorno médio do aluguel comercial: 6,87% ao ano;
- Retorno médio do aluguel residencial: 5,93%;
- Salvador é destaque, com rentabilidade de 10,05% ao ano.
Cidades com maior valorização dos imóveis
Maiores altas nos preços de venda (12 meses):
- Curitiba: +12,55%;
- Niterói: +4,58%;
- Florianópolis: +4,15%.
Maiores altas no aluguel comercial (12 meses):
- Niterói: +19,18%;
- Curitiba: +14,83%;
- Campinas: +10,88%.
São Paulo lidera preços de venda e aluguel comercial em maio de 2025
- Valor médio nacional de venda: R$ 8.533/m²;
- Valor médio de venda em São Paulo: R$ 10.290/m²;
- Valor médio nacional de aluguel: R$ 47,30/m²;
- Valor médio de aluguel em São Paulo: R$ 56,43/m².
A combinação de valorização constante, boa rentabilidade e liderança regional reforça que o aluguel comercial em maio de 2025 segue como ativo relevante para investidores atentos ao mercado imobiliário.
“O aluguel comercial segue como ativo estratégico, com bom retorno e baixa volatilidade, mesmo em cenário de juros altos”destaca o especialista em finanças Pedro Brandão.
Os dados de maio apontam para uma possível recomposição do segmento comercial urbano, impulsionada pela retomada do varejo e pela demanda por espaços bem localizados.