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Barco movido a hidrogênio verde será destaque brasileiro na COP30

Faltando poucos meses para a COP30, o Brasil se prepara para apresentar o Explorer H1, o primeiro barco movido a hidrogênio verde do país. Com 36 metros e um investimento de R$ 150 milhões, essa embarcação inovadora simboliza a transição energética no setor marítimo. Em fase final de construção, o Explorer H1 promete eficiência energética de até 62% e reduz em até 80% as emissões de CO₂, destacando o potencial tecnológico nacional. Descubra mais sobre essa revolução marítima!
Simulação do barco movido a hidrogênio verde em operação no mar com design sustentável
O barco vai produzir seu próprio hidrogênio utilizando água do mar dessalinizada e energia limpa gerada por sistemas solares e eólicos integrados. (Imagem: Divulgação)

Faltando poucos meses para a COP30, um marco inédito na história naval brasileira está prestes a ser revelado. O Explorer H1, primeiro barco movido a hidrogênio verde do país, será apresentado em novembro, em Belém, como símbolo da transição energética no setor marítimo. Com 36 metros de comprimento e em fase final de construção no estaleiro INACE, em Fortaleza, o projeto representa um salto ousado rumo à sustentabilidade.

Com investimento total de R$ 150 milhões, o projeto foi desenvolvido pela JAQ Apoio Marítimo, unidade do Grupo Náutica, em parceria com o Parque Tecnológico Itaipu e a tecnologia da chinesa GWM. As obras começaram em maio de 2024 e seguem aceleradas: 50 profissionais atuam diariamente para que o Explorer H1 chegue à COP30 em outubro. Nesta primeira fase, o hidrogênio abastecerá apenas sistemas internos, como ar-condicionado e iluminação.

Eficiência do barco movido a hidrogênio verde é até duas vezes maior

A terceira etapa, prevista para março de 2026, introduzirá motores híbridos — operando com 80% de diesel e 20% de hidrogênio. Essa combinação reduzirá em até 80% as emissões de CO₂. Já a terceira fase, a mais ambiciosa, tornará o barco autônomo na geração de energia limpa. O hidrogênio será produzido a bordo, a partir da dessalinização da água do mar. A eletricidade virá de fontes renováveis, como solar e eólica.

A apresentação barco movido a hidrogênio verde na COP30 deve ser um dos maiores destaques do evento:

O sistema contará com dois eletrizadores e painéis fotovoltaicos, garantindo operação sustentável em qualquer condição. Além disso, a tecnologia será capaz de manter os sistemas ativos mesmo com o barco parado em portos. Isso evita o uso contínuo de motores a diesel, que hoje geram poluição mesmo sem navegação.

Inovação em embarcação sustentável será vitrine do Brasil na COP30

Segundo Daniel Cantane, gerente do Centro de Tecnologias de Hidrogênio do Parque Tecnológico Itaipu, os desafios são diversos. Eles incluem desde a criação da embarcação até a integração de sistemas como células a combustível, baterias, armazenamento e abastecimento de hidrogênio. No entanto, ele acredita que o projeto representa uma ruptura necessária na indústria naval.

Outro destaque técnico envolve a eficiência energética. Os motores convencionais a diesel atingem, no máximo, 30% de aproveitamento. Já o barco movido a hidrogênio verde opera com eficiência entre 48% e 62%. Essa vantagem reduz o desperdício, corta custos operacionais e, acima de tudo, minimiza o impacto ambiental.

A segunda embarcação da frota, Explorer H2, com 50 metros de comprimento, está sendo construída no Estaleiro do Arpoador, em Guarujá (SP). Ela terá foco em coleta de dados oceanográficos e operações de mergulho. Juntas, essas embarcações apontam para o futuro da mobilidade marítima limpa no país.

Além da eficiência e da sustentabilidade, o projeto barco movido a hidrogênio verde reforça o potencial tecnológico nacional. Conforme o idealizador, mesmo quando um navio está parado, ele ainda queima diesel para manter a hotelaria. Assim, com o hidrogênio, será possível manter esses sistemas sem emissão passiva. Isso representa uma mudança estratégica no padrão de operação.

A apresentação do barco movido a hidrogênio verde na COP30 será não apenas uma vitrine de inovação. Também funcionará como um chamado à descarbonização global no setor naval — responsável por cerca de 3% das emissões globais de CO₂, segundo a IMO.

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