A Azul no 2T25 contrariou o cenário de incertezas e entregou um dos resultados mais expressivos de sua história recente. A companhia reportou lucro líquido de R$ 1,29 bilhão, revertendo o prejuízo de R$ 3,5 bilhões do ano anterior. Além disso, a receita operacional líquida foi recorde para um segundo trimestre, atingindo R$ 4,9 bilhões — alta de 18,4% sobre 2024 — impulsionada por demanda consistente, receitas auxiliares robustas e desempenho sólido nas unidades de negócios.
O tráfego de passageiros subiu 19,3%, levando a taxa de ocupação a 81,5%. Com isso, o Ebitda avançou 8,6%, para R$ 1,14 bilhão, e a liquidez imediata fechou em R$ 3,3 bilhões. No entanto, o destaque também está na reestruturação via Chapter 11, que prevê US$ 1,6 bilhão em financiamento e até US$ 950 milhões em novos aportes — estratégia que, segundo o CFO Alexandre Malfitani, vai fortalecer o caixa e sustentar o lucro da Azul.
Crescimento internacional sustenta Azul no 2T25
A capacidade consolidada cresceu 17,5% frente a 2024, com destaque para alta de 36,8% nas operações internacionais. Por outro lado, o mercado doméstico também avançou 12,9%, beneficiado pela recuperação da malha aérea no Sul após as enchentes do ano passado. Assim, as receitas auxiliares aumentaram 21%, com salto de 45% nas reservas da Azul Viagens e 14% na Azul Cargo.
Reestruturação e corte de custos ampliam competitividade
Aprovado pela Justiça dos EUA, o acordo com a AerCap — maior arrendadora da Azul — pode gerar mais de US$ 1 bilhão em economia. Enquanto isso, o CEO John Rodgerson destacou que as parcerias com United Airlines e American Airlines reduziram endividamento e aumentam a geração de caixa. Dessa forma, a Azul encerra o 2T25 em posição de vantagem estratégica: além de ter revertido prejuízos e expandido internacionalmente, criou bases sólidas para manter margens positivas em um setor volátil, onde custos de combustível, câmbio e competição global serão determinantes para sustentar o crescimento no médio prazo.