O mundo volta seus olhos para Anchorage, no sul do Alasca, onde o encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin nesta sexta-feira (15/08) poderá influenciar diretamente o equilíbrio da política internacional. É o primeiro contato presencial entre os líderes desde que Trump reassumiu a Casa Branca, reacendendo expectativas — e apreensões — sobre possíveis avanços diplomáticos.
A reunião está marcada para as 16h30 (horário de Brasília), em uma base militar usada no passado para atividades de espionagem contra a ex-União Soviética. O formato do encontro será restrito: apenas Trump, Putin e seus intérpretes participarão do diálogo inicial. As delegações americana e russa se encontrarão paralelamente em um almoço de trabalho, seguido de uma coletiva de imprensa conjunta.
Encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin sem presença ucraniana
A ausência do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, foi confirmada pela Casa Branca durante a semana. A porta-voz Karoline Leavitt afirmou que a ideia do encontro partiu de Putin, que propôs uma conversa direta com Trump. Ao longo da semana, o presidente norte-americano indicou que, se a reunião for positiva, proporá uma nova rodada incluindo Zelensky.
lO histórico do encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin remonta à cúpula de 2018, quando Putin negou interferência russa nas eleições dos EUA e convenceu Trump a adotar publicamente a versão do Kremlin, contrariando a CIA. Agora, o pano de fundo é a guerra na Ucrânia, iniciada pela Rússia em fevereiro de 2022, e a possibilidade de negociações para seu encerramento.
Cenários possíveis do encontro no Alasca
1. Cenário otimista – Avanço para cessar-fogo
- Trump e Putin acordam um roteiro preliminar para encerrar a guerra na Ucrânia.
- Anúncio de nova reunião trilateral com Volodymyr Zelensky ainda em 2025.
- Reação positiva dos mercados, com queda nos preços de petróleo e trigo.
2. Cenário neutro – Gesto simbólico, mas sem acordos concretos
- Conversa cordial, com declarações públicas sobre “avanço no diálogo”, mas sem compromissos firmes.
- Mantém-se o status atual do conflito, com negociações futuras incertas.
- Pequena oscilação nos mercados, sem mudanças estruturais.
3. Cenário pessimista – Escalada de tensões
- Divergências sobre condições mínimas para paz levam a impasse.
- Putin endurece posição, ampliando ofensivas militares na Ucrânia.
- EUA e aliados reforçam sanções, aumentando instabilidade geopolítica e pressão nos preços de energia.
Com um ambiente carregado de simbolismo e riscos, este encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin pode tanto abrir caminho para um cessar-fogo quanto intensificar tensões, dependendo das concessões e exigências que estiverem da mesa de negociação. O desfecho poderá moldar não apenas o futuro da guerra na Ucrânia, mas também a arquitetura diplomática global nos próximos anos.