A tensão em torno da nova fronteira petrolífera do Brasil ganha um capítulo decisivo neste domingo (24/08). A Petrobras e o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) iniciam a Avaliação Pré-Operacional (APO) para perfuração na Bacia da Foz do Rio Amazonas, no litoral do Amapá, última etapa do licenciamento ambiental. O simulado definirá se os planos de emergência e de proteção à fauna da estatal são suficientes para garantir a autorização definitiva.
A APO funciona como um exercício de crise, em que o Ibama cria um cenário hipotético de acidente. A Petrobras não conhece previamente os detalhes do teste, que deve durar de três a quatro dias. A operação utilizará a sonda de perfuração NS-42, deslocada para a região no dia 18 de agosto, além de helicópteros, embarcações e unidades especializadas no atendimento à fauna.
Petrobras e o Ibama na estrutura inédita na Foz do Amazonas
Mais de 400 profissionais participam do exercício. A estrutura inclui três helicópteros, seis embarcações com sistemas de contenção de óleo, duas unidades de atendimento à fauna em Belém e no Oiapoque, além de um avião de apoio. O Ibama acompanhará de perto a agilidade da resposta, a eficiência dos equipamentos e a comunicação da empresa com autoridades e comunidades.
Esse procedimento já ocorreu em 2023, no offshore do Rio Grande do Norte, antes da liberação para perfuração dos poços Pitu Oeste e Anhangá. Agora, a execução na Margem Equatorial é considerada estratégica pelo governo e pela Petrobras, que busca expandir sua presença na região. O resultado da APO definirá o futuro da perfuração no bloco FZA-M-59.