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Escândalo de corrupção na Argentina pressiona governo Milei às vésperas de eleições

Um escândalo de corrupção abalou a imagem do presidente argentino Javier Milei, envolvendo sua irmã, Karina Milei, em denúncias de propina relacionadas à compra de medicamentos. Com a revelação de um esquema que poderia render até US$ 800 mil por mês, a crise se intensifica às vésperas de eleições decisivas. Enquanto a oposição capitaliza o episódio, analistas alertam para um possível divisor de águas no governo, que pode fragilizar a narrativa de integridade de Milei e aumentar a pressão judicial. Descubra como essa situação pode impactar o futuro político da Argentina.
escândalo de corrupção na Argentina com a irmã de Javier Milei
Javier Milei ao lado da irmã Karina durante evento público na Argentina, em meio ao escândalo de corrupção (Imagem: Reprodução Youtube)

Um escândalo de corrupção na Argentina ganhou força após o vazamento de áudios que citam Karina Milei, irmã do presidente Javier Milei, em um suposto esquema de propina. Secretária-geral da Presidência, ela é acusada de se beneficiar de cobranças ligadas à compra de medicamentos para deficientes físicos pela rede pública. As revelações colocam o governo sob pressão às vésperas de eleições decisivas.

Propina milionária e a rede de influência no governo Milei

Diego Spagnuolo, ex-chefe da Agência Nacional para a Deficiência (Andis), afirma que havia cobrança de até 8% sobre contratos de farmacêuticas. O esquema poderia render US$ 800 mil por mês (R$ 4,3 milhões). Além disso, Karina Milei teria direito à maior fatia, entre 3% e 4% do faturamento. Eduardo “Lule” Menem, subsecretário de gestão institucional, seria o operador político em articulação com empresários da distribuidora Suizo Argentina.

A denúncia atinge diretamente o discurso de Milei contra a “casta política”. Por isso, o presidente, que se elegeu prometendo combater privilégios e a corrupção, enfrenta agora suspeitas dentro de sua própria família.

Escândalo de corrupção na Argentina ganha dimensão judicial

O caso ganhou força na última semana, quando os áudios de Spagnuolo foram divulgados. No dia seguinte, ele foi demitido. Logo depois, a Justiça abriu investigação e realizou buscas na Andis e na Suizo Argentina. O advogado Gregorio Dalbón, ligado a Cristina Kirchner, apresentou denúncia formal e falou em “matriz de corrupção”.

Enquanto isso, o Congresso impôs novas derrotas ao governo. A derrubada do veto presidencial a uma lei que amplia recursos para pessoas com deficiência acentuou o desgaste institucional. Dessa forma, a crise combina perda de apoio político e aumento da pressão judicial.

Impacto eleitoral em Buenos Aires e no Congresso argentino

O escândalo de corrupção na Argentina acontece a duas semanas das eleições para a província de Buenos Aires e a dois meses das legislativas. Pesquisas recentes já indicavam queda na popularidade de Javier Milei. Assim, o caso pode aprofundar a desconfiança dos eleitores.

Ao aparecer publicamente ao lado da irmã, sem responder às acusações, Milei buscou transmitir apoio familiar. Porém, reforçou a associação de sua imagem à de Karina. Nesse cenário, a oposição tenta capitalizar o episódio. Em especial, o kirchnerismo destaca o contraste entre a retórica anticorrupção e as denúncias.

Crise política com escândalo de corrupção na Argentina

Analistas veem o episódio como um divisor de águas no governo argentino. Além de fragilizar a narrativa de integridade que sustentou Milei na campanha, o caso pode acelerar seu isolamento no Congresso. Portanto, a capacidade de articulação política pode cair ainda mais.

Se confirmado, o esquema de propinas na compra de medicamentos representará não apenas um revés administrativo, mas também ameaça ao projeto de poder de Javier Milei. Assim, a Argentina entra em um período em que a volatilidade política pode se traduzir em instabilidade institucional e econômica.

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