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STJ libera retomada das obras do Empreendimento Maraey após uma década

Uma disputa judicial de mais de dez anos chegou a um novo capítulo com a decisão do STJ de liberar a retomada das obras do Maraey, um ambicioso complexo turístico e residencial em Maricá (RJ). Após reviravoltas e embates legais, o ministro Afrânio Vilela destacou a importância de analisar o caso em primeira instância, levantando questões sobre desenvolvimento e preservação ambiental. Com investimentos bilionários em jogo, a controvérsia entre expansão imobiliária e proteção do ecossistema da região continua a ser um tema central. Descubra os detalhes dessa batalha judicial e suas implicações!
Retomada de obras do Maraey
Cidade de Maricá (RJ), onde localizado o complexo turístico e residencial, Resort Maraey, após finalização das obras. (Foto: Divulgação)

Uma disputa judicial que dura mais de dez anos avançou na terça-feira (27/08). A Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, por maioria, liberar a retomada de obras do Maraey, complexo turístico e residencial de Maricá (RJ). Os ministros atenderam ao pedido da prefeitura e reformaram a liminar que suspendera licenças ambientais e paralisara o maior empreendimento do setor no país.

O caso começou em 2015, quando o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) aprovou o licenciamento prévio do projeto. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) questionou a compatibilidade do empreendimento com o ecossistema da região, desencadeando uma sequência de decisões conflitantes.

Ao longo dos anos, sentenças alternaram entre validar e anular as autorizações de retomada de obras do Maraey. Em maio de 2023, o então ministro Herman Benjamin suspendeu as licenças em caráter de urgência. Atendendo pedido do MPRJ em um agravo movido contra o Inea e a prefeitura.

STJ libera a retomada de obras do Maraey com voto de Afrânio Vilela

Na decisão atual da retomada de obras do Maraey, o ministro relator, Afrânio Vilela ressaltou que a análise deve ocorrer em primeira instância e não em recurso especial restrito a discutir litispendência entre ações civis públicas. Além disso, afirmou que a liminar anterior ultrapassou o objeto do processo, já que concedeu efeitos que não poderiam ser deferidos.

Ademais, Vilela destacou que medidas cautelares não podem ter alcance maior que o recurso em julgamento. Por fim, ele comparou o caso Maraey a outros processos envolvendo a Área de Proteção Ambiental (APA) de Maricá e concluiu que a controvérsia fática exige apreciação no juízo de origem, onde, portanto, podem ser examinadas medidas de urgência.

Debate entre desenvolvimento e preservação

Com a decisão, o STJ libera a retomada de obras do Maraey, mas a disputa permanece aberta na Justiça estadual. O empreendimento, que prevê investimentos bilionários em hotéis e residências, segue no centro do debate entre expansão imobiliária e preservação ambiental.

Esta notícia refere-se ao processo: AREsp 2028649

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