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Espaço aéreo afegão vira alternativa lucrativa em meio a crises globais

Em meio a crises globais, o espaço aéreo afegão se transforma em uma rota lucrativa para companhias aéreas internacionais. Com a flexibilização das restrições pela FAA, voos europeus e asiáticos redirecionam suas rotas, economizando combustível e tempo. O Talibã, apesar do isolamento político, arrecada milhões com taxas de sobrevoo, revelando um paradoxo intrigante: como um governo sob sanções consegue prosperar através da aviação? Descubra como essa contradição molda o futuro do tráfego aéreo e quais companhias estão aproveitando essa oportunidade inesperada.
Espaço aéreo afegão vira rota estratégica e fortalece arrecadação do Talibã (Imagem: Ilustrativa).

Voar mais barato cortando caminho por um país governado pelo Talibã. Essa contradição transformou o espaço aéreo afegão em uma rota inesperada e lucrativa para companhias aéreas internacionais. Estimativas apontam que o Talibã arrecade cerca de US$ 28 milhões por ano com a taxa de US$ 700 por sobrevoo. O fechamento de alternativas mais tradicionais elevou os custos de combustível e tornou a cobrança afegã relativamente vantajosa.

A reviravolta ganhou fôlego em 2023, quando a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) flexibilizou restrições e autorizou sobrevoos acima de 30 mil pés até julho de 2028. Desde então, companhias europeias e asiáticas intensificaram o uso do corredor de Wakhan, no espaço aéreo afegão, enquanto o espaço aéreo russo segue bloqueado e partes do Oriente Médio permanecem instáveis.

Além disso, as tensões entre Índia e Paquistão, que resultaram em proibições recíprocas em 2025, reforçaram a migração de voos para o Afeganistão.

Espaço aéreo afegão atrai grandes companhias

Companhias como Lufthansa, British Airways, KLM, Singapore Airlines, EVA Air e Air India redirecionaram rotas para o espaço aéreo afegão. O tráfego diário já varia entre 100 e 120 sobrevoos. As empresas reduzem trajetos em até 1.000 milhas, economizam combustível e evitam escalas indesejadas, fortalecendo a aviação comercial global.

Receita indireta e dilema geopolítico no tráfego aéreo no Afeganistão

O Talibã cobra taxas de forma indireta, por meio de intermediários nos Emirados Árabes Unidos, que administram aeroportos e serviços de navegação. O Departamento do Tesouro dos EUA autorizou transações ligadas à aviação, permitindo que as companhias aéreas paguem sem risco legal.

Dinheiro caindo do Céu para o Talibã

Contudo, o espaço aéreo afegão expõe um paradoxo: mesmo sob sanções internacionais e sem reconhecimento diplomático, o Talibã mantém receita crescente graças ao tráfego global. Nesse contexto, companhias e passageiros encontram na rota afegã uma alternativa estratégica: reduzem custos e encurtam voos, enquanto o grupo transforma a aviação em fonte de arrecadação em meio ao isolamento político.

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