A retenção de talentos tornou-se um dos maiores desafios para as empresas que querem se manter competitivas. Embora 62% dos trabalhadores estejam satisfeitos em seus empregos, apenas a mesma proporção enxerga chances reais de promoção, segundo o Barômetro Global de Talento. O dado revela que a satisfação, isoladamente, não garante retenção de talentos. Para assegurar lealdade, as empresas precisam investir em planos de carreira claros e perspectivas sólidas de evolução, sob risco de perder profissionais para concorrentes que oferecem trajetórias mais consistentes.
Desenvolvimento e bem-estar na retenção de talentos
O relatório mostra ainda que 49% dos trabalhadores enfrentam estresse moderado ou alto diariamente. Isso reforça que saúde mental e bem-estar deixaram de ser diferenciais e passaram a ser requisitos básicos. Ambientes equilibrados, com flexibilidade, apoio psicológico e políticas de qualidade de vida, são determinantes para a retenção de talentos. Programas de capacitação contínua também elevam o engajamento, fortalecendo a percepção de preparo para o futuro.
Confiança e experiência como diferenciais
Em entrevista sobre os dados, Ana Guimarães, diretora de operações do ManpowerGroup Brasil, destacou que “a recomendação espontânea de funcionários indica a força de uma marca empregadora”.
Segundo ela, quando há coerência entre discurso e prática, aumenta a confiança, e a retenção de talentos se fortalece. Já a falta de transparência compromete a lealdade. Além disso, a experiência do colaborador começa ainda no processo seletivo, em que prazos de resposta e tom da comunicação já influenciam a reputação da empresa.
Estratégias consistentes para retenção de talentos
Uma marca empregadora sólida não se sustenta em ações pontuais. Escuta ativa, planos de carreira estruturados e reconhecimento contínuo formam a base da retenção de talentos. Empresas que equilibram benefícios, bem-estar e coerência cultural conquistam maior engajamento. Em contrapartida, organizações que não sustentam esse compromisso enfrentam rotatividade mais alta, com impactos diretos na competitividade.
Perspectivas para os próximos anos
A tendência é que a retenção de talentos seja cada vez mais apoiada pelo uso de inteligência artificial nos recursos humanos. Ferramentas já mapeiam habilidades e personalizam treinamentos, enquanto cresce a demanda por flexibilidade e equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Nesse cenário, empresas que conseguirem unir tecnologia a cuidado humano terão vantagem competitiva. Consistência e foco em pessoas despontam como os pilares decisivos para a retenção de talentos no futuro.