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Boletim Focus hoje: Selic de 2026 cai para 12,25% e inflação segue estável

O boletim Focus hoje, divulgado pelo Banco Central, reduziu a projeção da Selic para 2026 e manteve inflação estável. O relatório também mostra previsões para PIB, câmbio e preços administrados, sugerindo crescimento moderado até 2028.
Fachada do Banco Central do Brasil, instituição responsável pela divulgação do boletim Focus hoje
Banco Central divulga o boletim Focus hoje com projeções atualizadas para inflação, Selic, PIB e câmbio (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O boletim Focus hoje, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (22/09), trouxe ajustes relevantes nas projeções de mercado. A taxa básica de juros (Selic) de 2026 caiu de 12,38% para 12,25% ao ano, enquanto a previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 4,30% para 4,29%. Embora as mudanças sejam pequenas, elas indicam que o mercado segue confiante no controle da inflação, mas ainda mantém postura cautelosa em relação ao crescimento econômico.

Inflação: mercado prevê estabilidade até 2028

  • 2025: 4,83%
  • 2026: 4,29% (antes 4,30%)
  • 2027: 3,90%
  • 2028: 3,70%

A leitura do boletim Focus hoje aponta que a inflação deve permanecer próxima ao centro da meta nos próximos anos. O ajuste para baixo em 2026, embora mínimo, sinaliza estabilidade no cenário de preços. Além disso, essa tendência indica que as políticas monetárias adotadas até agora têm funcionado. No entanto, o espaço para reduções adicionais ainda é limitado. Em 2027 e 2028, a manutenção das projeções em 3,90% e 3,70% sugere confiança de que a trajetória de inflação está consolidada. Para investidores e empresas, isso significa previsibilidade maior, essencial em decisões de longo prazo.

Selic só deve ceder em 2026, aponta boletim Focus

  • 2025: 15%
  • 2026: 12,25% (antes 12,38%)
  • 2027: 10,50%
  • 2028: 10%

A Selic elevada em 2025 mostra que o combate à inflação ainda exige cautela. Com 15% ao ano, o crédito continuará caro, reduzindo consumo e investimento privado. Já a projeção de queda em 2026, para 12,25%, abre espaço para um ciclo de alívio monetário, ainda que gradual. Em 2027 e 2028, a expectativa é de juros próximos a 10%, um patamar ainda alto em termos históricos, mas que indica normalização frente ao período atual.

Além disso, para 2025, o relatório manteve a Selic em 15% pela 13ª semana consecutiva, refletindo a política monetária restritiva. Assim, isso significa crédito caro e financiamentos em patamares elevados no curto prazo.

Produto Interno Bruto (PIB) cresce pouco e câmbio segue estável

  • PIB 2025: 2,16%
  • PIB 2026: 1,80%
  • PIB 2027: 1,90%
  • PIB 2028: 2%
  • Câmbio 2025: R$ 5,50
  • Câmbio 2026: R$ 5,60
  • Câmbio 2027: R$ 5,60
  • Câmbio 2028: R$ 5,54

As projeções de crescimento do boletim Focus hoje revelam atividade econômica moderada, com PIB próximo de 2% ao ano até 2028. Esse ritmo não é suficiente para acelerar ganhos de produtividade ou reduzir desigualdades sociais, mas reflete o cenário de restrição monetária.

Por outro lado, no câmbio, a expectativa de estabilidade em torno de R$ 5,50 a R$ 5,60 mostra que os agentes de mercado não enxergam pressões externas fortes no curto prazo. Isso é positivo para a inflação, pois reduz o risco de encarecimento de produtos importados. Em contrapartida, a taxa de câmbio nesse nível continua elevada, o que encarece insumos para a indústria e limita margens de exportadores.

IGP-M e preços administrados mantêm pressões pontuais

  • Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M): 2025 (1,09%), 2026 (4,18%), 2027 (4,18%), 2028 (4%).
  • Preços administrados no IPCA: 2025 (4,75%), 2026 (3,97%), 2027 (4%), 2028 (3,65%).

O boletim mostra que os preços administrados continuam a ser um fator de atenção. A alta de 4,75% projetada para 2025 pode pressionar o IPCA geral, já que inclui tarifas de energia, combustíveis e serviços regulados. Para os anos seguintes, contudo, há sinal de estabilidade em torno de 4%, o que reduz riscos adicionais para a inflação. Além disso, o IGP-M, usado como referência em contratos de aluguel, aponta para variação moderada, o que deve trazer algum alívio para famílias e empresas.

Cenário econômico apresentado pelo boletim Focus hoje

A leitura geral do boletim Focus sugere cautela do mercado financeiro. Inflação e câmbio estão sob controle, mas a Selic elevada em 2025 limita a retomada mais forte do crescimento. Desse modo, a queda gradual dos juros só terá impacto real a partir de 2026 e dependerá de fatores como a política fiscal, a confiança dos investidores e o cenário internacional.

Na prática, o relatório reforça que o Brasil deve passar por um período de estabilidade sem aceleração expressiva da economia. Para famílias e empresas, isso significa crédito caro no curto prazo e expansão moderada no médio prazo.

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